A Bluefit (BFFT3), rede de academias, interrompeu sua oferta pública inicial de ações (IPO, em inglês). Segundo a companhia, o parecer foi tomado “tendo em vista as atuais condições de volatilidade no mercado de capitais“.
A Bluefit interrompeu o IPO por 60 dias, contados partir da última segunda-feira (27). A Bluefit disse que irá informar o mercado e potenciais investidores caso a oferta inicial de ações seja retomada.
De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, o IPO da Bluefit foi abatido pela alta volatilidade do mercado, situação agravada com o colapso da incorporadora chinesa Evergrande.
A rede chegou a cortar o preço almejado em sua oferta em 20%, mas nem isso foi suficiente para atrair mais investidores. Todo o dinheiro da oferta da Bluefit, quando ela ocorrer, irá para o caixa da empresa. Os recursos serão usados para abertura de lojas e também para eventuais aquisições.
A tentativa era de pegar carona na demanda do mercado pelo negócio de academias, com a leitura de que esse seria um dos setores mais beneficiados pelo avanço da vacinação contra a covid-19 e pela retomada da economia.
Principalmente depois do êxito do IPO da Smart Fit (SMFT3), do empresário Edgard Corona. Esse mercado ainda é muito pulverizado no País, o que abre oportunidades de crescimento. Estimativas de mercado apontam que as maiores redes têm menos de 20% de participação no setor.
Sobre a Bluefit
A Bluefit foi criada em 2015, em Santo André, na Grande São Paulo. A rede começou a crescer em ritmo mais acelerado depois de um aporte do fundo Leste, em 2017. Hoje, são 102 academias, com outros 33 contratos já assinados para inaugurações. Desse total, 61 são unidades próprias. A Smart Fit, primeira do setor, tem presença muito mais significativa. Encerrou o primeiro semestre do ano com 981 academias, alta de 15% em um ano. No Brasil, a terceira posição é da Selfit, com 63 unidades.