Black Friday do GPA (PCAR4) unirá esforços do Extra e do Pão de Açúcar
Em um ano atípico, a Black Friday do GPA (PCAR4) trará mudanças na estratégia da companhia para o evento. Pela primeira vez, a dinâmica comercial do Grupo terá Pão de Açúcar e Extra trabalhando de forma conjunta na data. O fato de as bandeiras terem “públicos complementares” faz com que a companhia ganhe em escala.
Com o objetivo de evitar aglomerações, a Black Friday do GPA oferece no aplicativo do Grupo uma série de ofertas mais agressivas do que as que serão apresentadas nas lojas na próxima sexta-feira (27), ampliando sua operação de multicanalidade.
Além disso, os clientes que são Clube Extra terão a opção de comprar de forma antecipada eletroeletrônicos, categoria muito procurado na data, e podem buscar nas lojas ou receber em casa. Dentre outros destaques para a data, o Grupo salienta a inauguração de ao menos seis centros de distribuição desde março, elevando a base instalada e capacidade operacional.
Confira a entrevista do SUNO Notícias com Othon Vela, Diretor de Marketing de Varejo Alimentar do GPA, sobre a Black Friday do GPA.
♦
- Qual será a estratégia da Black Friday do GPA?
Esse é um ano atípico. A Black Friday, em todos os anos, causava muita aglomeração. Era típico o Jornal Nacional mostrar nossa loja do Extra na Avenida Doutor Ricardo Jafet (São Paulo) com uma pilha de TVs que desaparece em 30 segundos. Obviamente a gente não quer esse tipo de aglomeração acontecendo em loja, então o que fizemos em novembro e continuamos fazendo agora é a antecipação de uma série de ofertas que estariam disponíveis apenas na Black Friday do GPA.
Já fizemos ofertas em vinhos, espumantes, destilados, fraldas, produtos pet, e já estamos com ofertas de eletro vigentes nas lojas do Extra. Além disso, para os clientes Clube Extra que demonstraram interesse em receber ofertas de produtos eletroeletrônicos, disponibilizamos descontos especiais, diretamente no aplicativo, onde o cliente tem a opção de comprar o produto com um preço muito baixo, e ele poderá buscar na loja com tranquilidade.
Isso fez com que o cliente tenha tido mais opções ao longo deste mês, em diversas opções que são icônicas da Black Friday, e que, para os produtos eletrônicos, ele tenha uma flexibilidade para poder aproveitar ofertas especiais. No aplicativo, não é praticado o preço que está disponível para todo mundo. Assim, controlamos melhor o fluxo em loja.
No entanto, quase todas as ofertas que estamos fazendo valem para as lojas físicas e para o site, então o cliente tem mais comodidade e opções para poder fazer a compra e talvez nem sair de casa. Damos todas as opções para o cliente aproveitar a Black Friday com segurança, com tranquilidade.
- A aposta do GPA na Black Friday será o preço baixo, entrega rápida via e-commerce, variedade de produtos ou benefícios através do aplicativo?
Fazemos muitas pesquisas com os clientes para captar atributos sobre o que influencia diretamente o momento da compra. O que aparece em primeiro lugar é o preço. Então, naturalmente teremos um preço muito competitivo, de Black Friday de fato. E depois vem todos os outros atributos, que são complementares.
Temos a entrega rápida, a credibilidade da marca – para que os clientes tenham certeza de que estão aproveitando uma oferta real –, além da variedade de produtos. Tudo isso compõe o nosso enxoval de propostas de valor ao cliente.
- Pela primeira vez Extra e Pão de Açúcar estão operando na data com uma dinâmica comercial conjunta. O que levou a essa tomada de decisão?
As duas bandeiras falam de destilados, enquanto as duas bandeiras falam de vinhos, por exemplo. O fato das duas estarem juntas comercialmente faz com que nós aumentemos a nossa dominância de discurso. O Pão de Açúcar e o Extra têm públicos complementares, então com as nossas bandeiras e formatos temos opções para pessoas de qualquer nicho. Somos muito democráticos.
Quando fazemos a programação com as duas juntas, compramos todos os targets de audiência em nossos veículos de comunicação. Isso eleva nossas sinergias, com um ganho de escala, e atingimos uma eficiência de mídia. Ou seja, quando você acordar, ou você verá uma propaganda do Pão, ou do Extra. Fazendo as duas juntas, se não atingirmos o cliente com uma bandeira, o fazemos com outra.
- O coronavoucher ainda em seu funcionamento, já que está previsto para acabar em dezembro, pode impulsionar o desempenho do GPA no evento, juntamente à chegada do 13º salário dos clientes?
Não temos expectativas para passar quanto ao efeito do coronavoucher. Neste ano temos muitas variáveis diferentes, enquanto de um lado temos o auxílio emergencial, do outro temos a ausência das aglomerações. Ainda não conseguimos ver de forma líquida o que ficará.
A gente também não pode passar expectativa de guidance para o público neste momento, mas sempre trabalhamos para que haja crescimento, avanço em comparação ao ano anterior.
- Outro tema que vem chamando atenção é que alguns players da indústria têm enfrentado falta de insumos, por conta de todos os aspectos macroeconômicos. Pode faltar produtos ou algo dessa natureza?
O que a gente faz é ofertar apenas o que há em estoque. O que de fato está negociado e produzido. Não corremos o risco de ofertar algum produto que não está na gôndola. Naturalmente nós observamos a capacidade produtiva da indústria, realizamos as compras e, em função disso, fazemos a oferta. Não vemos problemas para executar a Black Friday do GPA, dado que nós temos uma gama de produtos e fornecedores muito vasta para poder suprir uma eventual falta de insumos.
- O desenvolvimento de tecnologia e logística é de extrema importância na data. As varejistas como um todo têm falado muito nisso nos últimos trimestres. Como estão os cuidados do GPA nesse sentido?
A gente respira multicanalidade. Temos muitos pontos de venda para que os clientes tenham diversas opções para consumir. Isso faz com que continuemos investindo em tecnologia e serviços logísticos para podermos cumprir com os prazos estabelecidos.
Nesse sentido, esse ano é um ano importante, pois estimulamos a capacidade de entrega. Logo no início da pandemia, aceleramos os planos que estavam previstos em Capex, abrimos ao menos seis novos centros de distribuição desde março, e isso faz que nossa capacidade de entrega tenha triplicado. Então, para nós, o e-commerce já está em um patamar superior ao que estava no ano passado.
Além disso, em toda Black Friday do GPA, vemos um pico de atividade operacional. Dessa forma, conseguimos nos preparar bem para o evento. Sabendo que terá esse pico, nossa área de tecnologia tem realizado todos os testes necessários, e treinamos nossa malha logística para a capacidade de entrega e tudo mais.
Nesse ano, o interessante é que já partirmos de uma base instalada muito maior do que em 2019, e a partir dessa base ainda esperamos um pico de atividade operacional. Trabalhamos muito duro para tudo possa funcionar e que os clientes sejam atendidos.
- Recentemente o GPA anunciou uma nova estratégia digital e o novo marketplace da companhia. Para a Black Friday do GPA já haverá alguma mudança nesse sentido ou entrará em vigor apenas no primeiro trimestre de 2021?
Nosso novo marketplace já está em funcionamento. Então os clientes já podem entrar e ver ofertas de terceiros. Claro, ele ainda está incipiente, mas ao longo do tempo crescerá, com cada vez mais sellers e produtos sendo ofertados.
O que podemos falar é que a Black Friday do GPA é um evento que começa cada vez mais cedo. Então ficaremos espertos para, além de já termos realizados fortes ofertas ao longo de novembro, entrarmos de maneira intensa nesta semana.