A FecomercioSP divulgou nesta segunda-feira (26) suas projeções de um aumento de até 3% nas vendas do comércio varejista em novembro comparada com o mesmo período de 2019, influenciado principalmente pela Black Friday, que ocorrerá no dia 27 de novembro.
De acordo com a previsão, os segmentos que mais serão impulsionados diante da Black Friday são os supermercados e materiais de construção. Além disso, a projeção também inclui um crescimento nas vendas durante o Natal em comparação com o ano passado.
Caso os dados se confirmem, o varejo terminará o ano em queda de 3%, um cenário mais positivo do que o previsto no início da pandemia do coronavírus (Covid-19). Contudo, segundo a FecomercioSP, a abertura gradativa dos estabelecimentos não será suficiente para recuperar as perdas registradas no setor durante 2020.
“O grau de incertezas em relação à economia ainda é grande, principalmente em relação às variáveis de emprego e renda”, informou a entidade.
Além disso, com a finalidade de potencializar o faturamento no período, a FecomercioSP orienta que os estabelecimentos pratiquem planos de fidelização de clientes e descontos em produtos, considerando um cenário de aumento das taxas de desemprego e redução na renda.
Varejo brasileiro fatura R$ 3,2 bilhões na Black Friday em 2019
O varejo brasileiro online faturou R$ 3,2 bilhões na Black Friday, trata-se de um aumento de 23,6% em comparação com o mesmo período de 2018, de R$ 2,6 bilhões. Apesar da alta, o gasto médio do consumidor caiu de R$ 608 para R$ 602, esse valor é equivalente a uma queda de 1,1%. O levantamento da EbitNielsen é referente à receita da Black Friday entre os dias 28 e 29 de novembro de 2019.
“Os números comprovam que o evento já faz parte do calendário de compras do brasileiro, com crescimento ano a ano. E as lojas mais tradicionais se mostraram mais preparados para o período promocional, ao entender o que o mercado queria”, informou líder da EbitNielsen, Ana Szasz.
Os dispositivos móveis foram os mais solicitados pelos consumidores. De acordo com o levantamento, 55% dos pedidos foram por smartphones, no ano de 2018, esse número foi de 35%.
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O faturamento dos dispositivos móveis totalizaram R$ 1,7 bilhão, uma expansão de 95%, visto que, ano passado o faturamento chegou a R$ 830 milhões. O gasto médio com smartphones foi de R$ 574, uma alta de 4% comparado com R$ 552 do ano passado.
“Já vínhamos falando ao longo do ano sobre ‘Mobile First’ e de fato essa Black Friday se consolidou como o evento onde mais compras foram feitas por este formato. Garantir uma boa experiência mobile foi o diferencial para bons resultados”, explicou Szasz.