Retomando o rali observado desde o final de 2020, o Bitcoin ultrapassou, no último sábado (13), a marca de US$ 60 mil. O patamar equivale a aproximadamente R$ 333 mil, novamente trazendo à tona as conversas sobre o futuro da criptomoeda.
Na noite do sábado, por volta das 19h35 (horário de Brasília), o Bitcoin atingiu o seu maior nível, a US$ 61,08 mil. Na manhã deste domingo (14), a moeda virtual opera próxima de US$ 60,32 mil. A nova alta coincide com o novo pacote de estímulos dos Estados Unidos, na ordem de US$ 1,4 trilhão.
Efetivamente, as pessoas ainda não passaram a receber os novos recursos — o presidente Joe Biden sancionou o projeto na última quinta-feira (11). Todavia, o mercado do Bitcoin, tomado por especuladores em sua maioria, se adiantam à uma possível nova guinada nos preços.
A cotação atual da criptomoeda é o triplo do registrado três meses atrás, quando em meados de dezembro valia aproximadamente US$ 20 mil. Ao longo de 2020, a moeda valorizou 1.000%, tomada pelo otimismo com o futuro da digitalização do sistema financeiro em meio à impressão massiva de dinheiro pelos Bancos Centrais mundo afora.
Defensores da cripto criada no início de 2009 atribuem a ela uma característica de ser reserva de valor, assim como o ouro, podendo atuar contra a inflação e um dólar mais fraco.
Segundo Satoshi Nakamoto, pseudônimo de um programador ou grupo de programadores anônimo(s) que criou a moeda, bitcoins não podem ser criados aleatoriamente, existindo somente 21 milhões. Atualmente, cerca de 19 milhões estão em circulação, e a previsão de especialistas é que o total seja “minerado” até o ano 2140.
Empresas comprando Bitcoin fomenta rali
A indústria do Bitcoin também tem chamado atenção de tubarões do mercado. Grandes empresas passam cada vez mais a aderir a moeda digital como meio de diversificação de suas disponibilidades.
O maior exemplo é a recente compra de US$ 1,5 bilhão da Tesla (TSLA34) na moeda, com o CEO Elon Musk sendo um assíduo defensor das criptomoedas em suas redes sociais. Mike Novogratz, investidor e bilionário que lidera a Galaxy Digital Holdings, afirmou que a moeda pode chegar a US$ 100 mil até o fim de 2021.
Existe uma série de empresas que já auferiram volumosos lucros com a valorização do Bitcoin. Confira as principais companhias aqui.
Cripto pode se tornar a “moeda do comércio global”, diz Citi
O Citigroup, um dos maiores bancos do mundo, afirmou em relatório que o Bitcoin está em um ponto de inflexão e que a moeda digital pode, no futuro, ser escolhida como a principal para o comércio internacional. O documento foi divulgado no dia 1º de março, quando a cripto passava por uma onda negativa, sendo negociada abaixo dos US$ 50 mil.
Para os analistas do banco, à medida que empresas grandes como a Tesla e o PayPal (PYPL34) aderem à cripto e os Bancos Centrais emitem suas próprias moedas digitais, esse momento fica mais perto.
“O futuro do Bitcoin ainda é incerto, mas os desenvolvimentos no curto prazo provavelmente serão decisivos, já que a moeda se equilibra no ponto de inflexão da aceitação mainstream ou de uma implosão especulativa“, dizem os especialistas da instituição.