Após tombar 15% na madrugada de domingo (18) e devolver lucros de sucessivos recordes, o bitcoin tem um dia de recuperação parcial nesta segunda-feira (19).
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Investidores também repercutem a fala do vice-presidente do Banco do Povo da China (PBoC, o BC chinês) Li Bo, que hoje chamou o ativo de “alternativa de investimento”, em uma mudança de tom por parte da segunda maior economia do mundo. Às 10h40, horário de Brasília, o bitcoin subia 3,20%, a US$ 56.651,00. Há apenas cinco dias, o bitcoin havia batido a marca histórica de US$ 64 mil.
Não há consenso no mercado sobre o motivo da queda tão acentuada do bitcoin vista no fim de semana. Para alguns, trata-se de uma realização de lucros repentina, depois da divisa digital renovar vários recordes na esteira da oferta pública inicial (IPO) da Coinbase, corretora americana de criptomoedas que desde quarta-feira (14) passada é negociada na Bolsa de Nova York (Nyse).
Para Michael Novogratz, diretor-executivo (CEO) da Galaxy Investment Partners, uma das principais investidoras de criptomoedas do mundo, o tombo do bitcoin era “inevitável”.
“Olhando para trás, era inevitável. Os mercados ficaram muito entusiasmados com a listagem da Coinbase”, afirmou, em um tuíte no domingo. No curto prazo, precisaremos reconstruir uma base. O dano não se cura da noite para o dia. Boa sorte”, afirmou.
Queda do bitcoin pode ter sido causada por movimentação do Tesouro americano
Alguns analistas, contudo, atribuem o tombo a uma notícia da Bloomberg, publicada no domingo, informando que o Tesouro americano prepara novas medidas para coibir lavagem de dinheiro por meio de ativos digitais. “Aparentemente, os agentes do mercado temeram repressões dos Estados Unidos”, diz o Danske Bank, em relatório enviado a clientes, sobre o que chamou de “oscilações violentas nas criptomoedas” durante o final de semana.
No noticiário do setor, ainda repercute uma fala de Li Bo, do PBoC, durante um painel organizado pela CNBC. “Consideramos bitcoin e stablecoin como ativos criptográficos. Essas são alternativas de investimento”, afirmou o dirigente.
A declaração foi interpretada como uma mudança de tom sobre o assunto, e sobre o bitcoin, por parte da China, que desde 2017 impõe restrições às negociações de criptomoedas, alegando riscos à estabilidade financeira.
(Com Estadão Conteúdo)