Biosev (BSEV3): ações tem alta de 21,99% após negociações com Raízen
As ações da Biosev (BSEV3) encerraram cotadas a R$ 5,16, representando alta de 21,99% após o anúncio de que a Raízen Energia está em processo de negociações com a finalidade de comprar a Biosev (BSEV3), prevendo uma reestruturação de dívida e uma troca de ações. As informações são da Bloomberg.
Segundo fontes, além da reestruturação de dívida, o acordo deve permitir que a Biosev tenha uma participação minoritária na Raízen.
O possível acordo com a empresa brasileira de açúcar e combustíveis poderia ser uma solução para o endividamento da Biosev, que ocorreu principalmente devido a redução pela demanda por etanol.
A Biosev teve prejuízo líquido recorde de R$ 1,55 bilhão no ano-safra encerrado em março, sendo seu nono resultado negativo consecutivo. Enquanto a sua dívida teve um aumento de 22% em relação ao ano anterior devido à desvalorização cambial.
“A Biosev não comenta rumores e reafirma que permanece focada na competitividade operacional, visando aumentar sua geração de caixa, fortalecer sua estrutura de capital e cumprir os compromissos assumidos com todos os stakeholders”, declarou a empresa.
A Biosev marcaria a maior aquisição da Raízen.
Raízen não sofreu impactos relevantes nas vendas de açúcar, diz Cosan
De acordo com informações divulgadas pela Cosan no dia 17 de abril deste ano, as vendas de açúcar da Raízen Energia ainda não sofreram impactos consideráveis por conta da crise do coronavírus (Covid-19), que tem afetado a receita de diversas empresas.
Em nota ao mercado, a Cosan afirmou que “no açúcar, as vendas já haviam sido contratadas para a safra 2020/21 que acaba de iniciar, não tendo apresentando impactos relevantes na sua programação de comercialização”.
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Entretanto, por conta da queda na demanda por combustíveis, a Cosan notou um diminuição nas vendas de etanol. As vendas da Raízen Combustíveis em gasolina e etanol tiveram queda de 50%. No segmento de diesel, a queda foi de 25%, informou a Cosan.
Sobre a Raízen
Fundada em 2010 a partir de uma junção de ativos de açúcar, combustível e etanol da Cosan com a Royal Dutch Shell. A empresa é a maior exportadora individual de açúcar do mercado internacional. Por meio da marca Shell, a Raízen também comercializa combustíveis em postos e aeroportos.