O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou nesta quarta-feira (5) apoiar uma proposta Organização Mundial do Comércio (OMC) em relação à patente de vacinas contra o coronavírus (Covid-19).
Em seu discurso, o mandatário afirmou ser a favor da quebra de patente do imunizante do vírus, e logo após, a negociadora comercial do governo dos EUA, Katherine Tai, se mostrou a favor da medida diante do cenário de uma pandemia.
“Esta é uma crise de saúde global e as circunstâncias extraordinárias da pandemia de Covid-19 exigem medidas extraordinárias”, disse Tai em um comunicado.
“O governo acredita fortemente nas proteções à propriedade intelectual, mas, a serviço do fim desta pandemia, apoia a quebra dessas proteções para as vacinas contra Covid-19.”
Diante do anúncio, as ações de empresas farmacêuticas despencaram. A Moderna fechou em uma queda superior a 6%, enquanto as ações da BioNTech negociadas em Nova York, oscilaram quase 18 pontos percentuais, passando de um ganho de 10% no início do dia para uma baixa de 9% no fechamento desta terça-feira, conforme informou o Financial Times.
Área técnica da Anvisa é contra a importação da vacina Sputnik V
A área técnica da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se manifestou contra os pedidos realizados por 10 estados de importação da vacina russa contra o coronavírus (covid-19), Sputnik V, conforme informou na última semana.
Em reunião extraordinária para cumprir decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski, os gerentes do órgão citaram alguns fatores para embasar o voto contra a vacina Sputnik V, como:
- Ausência de dados;
- Falhas detectadas nas etapas de desenvolvimento da vacina;
- Resultados dos ensaios clínicos
- Qualidade do produto acabado não permite que este seja seguro para a população brasileira
“A Gerência Geral de Monitoramento de Produtos à Vigilância Sanitária, com base nas informações analisadas até o momento, não recomenda a autorização da importação da vacina Sputnik V, até que sejam apresentados dados para sanar as falhas identificadas”.
O ministro do STF concedeu um prazo de 30 dias para que a Anvisa decidisse sobre o uso da vacina. A agência reguladora recorreu do prazo – que venceria nesta semana- contudo, Lewandowski indeferiu o pedido hoje.