BHP analisa venda de sua unidade de petróleo por US$ 15 bilhões

A BHP informou que considera a possibilidade de vender seus negócios no segmento de petróleo, em um movimento que reduziria a exposição da empresa a combustíveis fósseis em meio à crescente pressão de investidores e de governos para que produtoras de matérias-primas cortem suas emissões de gás carbônico.

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A BHP afirmou que está, atualmente, em negociações com a Woodside Petroleum em torno de um potencial acordo que combinaria a unidade de petróleo da empresa com a companhia australiana, que também atua no ramo de petróleo e gás natural.

A companhia também estuda outras opções para a divisão, como parte de uma revisão estratégica. Contudo, essa informação dada pela BHP não veio acompanhada de outros detalhes.

A estimativa feita pelos analistas é de que os negócios da companhia tenham um valor de, no mínimo, US$ 15 bilhões.

Ao mesmo tempo, a BHP busca por um comprador para seu negócio de mineração de carvão térmico.

Vender a unidade de petróleo levaria a BHP a focar em commodities de mineração: minério de ferro, carvão metalúrgico, cobre, níquel e potencialmente potássio, caso a empresa prossiga com um grande projeto canadense. Entre essas commodities, o minério responde pela maior parte dos lucros da companhia.

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A BHP afirmou que um possível acordo com a Woodside incluiria uma distribuição de ações da Woodside a seus acionistas. “Embora as discussões entre as partes estejam progredindo, nenhum acordo foi fechado em nenhuma transação”, disse a BHP.

A Woodside, que tem valor de mercado próximo a US$ 15,5 bilhões, confirmou separadamente que está em negociações com a BHP.

BHP estava envolvida em Brumadinho

A BHP é a mesma companhia que foi responsabilizada pela tragédia de Brumadinho, em conjunto com a Vale (VALE3). A companhia é também uma das donas da Samarco.

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Ainda em março deste ano, a fundação Renova, criada pela Samarco, Vale e BHP para gerir a reparação do estouro da barragem em Mariana (MG), afirmou que irá distribuir mais R$ 2 bilhões em indenizações e auxílios financeiros até o final do ano.

Com informações do Estadão Conteúdo

Eduardo Vargas

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