Ao vivo com Buffett: Acompanhe o encontro da Berkshire Hathaway (BERK34)

Chegamos ao fim da Berkshire Hathaway Annual Meeting 2022!

— Suno Research (@sunoresearch) April 30, 2022

Ampliando suas críticas ás ‘novas formas de dinheiro’, já feitas anteriormente neste Berkshire Annual Meeting, Buffett disse que nunca compraria Bitcoin pois trata-se de um ativo que não produz nada.

“Se vai subir ou descer no próximo ano, ou nos próximos cinco ou dez anos, eu não sei. Mas a única coisa que tenho certeza é que não produz nada”, disse Buffett. “Tem uma magia nisso e as pessoas ‘colocaram’ magia em muitas coisas”.

Segundo o megainvestidor, outros ativos como terras agricultáveis, imóveis, e até mesmo arte, tem um valor mais tangível do que o bitcoin.

“Os ativos, para terem valor, têm que entregar algo a alguém. E há apenas uma moeda que é aceita. Você pode inventar todo tipo de coisa. Podemos colocar moedas da Berkshire, colocar dinheiro da Berkshire, mas no final, isso é dinheiro”, disse, segurando uma nota de US$ 20.

“E não há nenhuma razão no mundo para que o governo dos Estados Unidos … deixe o dinheiro da Berkshire substituir o deles”, concluiu.

Em um outro questionamento acerca do cenário macroeconômico e da inflação, Warren Buffett falou sobre as atitudes da autoridade monetária dos EUA, o Fed – que atualmente realiza um aperto monetário, em postura cada vez mais hawkish.

Apesar disso, ele não criticou o Fed por imprimir dinheiro e tentar estabilizar os mercados durante a crise econômica desencadeada pela pandemia.

“No meu livro, Jay Powell é um herói. É muito simples. Ele fez o que tinha que fazer”, disse Buffett.

Sendo um dos focos de investimento dos grandes players enquanto mercado emergente, a China suscita dúvidas por conta dos movimentos regulatórios do governo.

Em suma, os riscos citados são de regulações espontâneas, como o que ocorreu com companhias de educação no ano de 2021.

Charlie Munger, contudo, disse que está disposto a assumir esse risco por um bom investimento.

“A razão pela qual investi na China é que consigo encontrar empresas muito melhores a preços muito mais baixos”, disse.

“Estou disposto a correr um pouco mais de risco para entrar nas melhores empresas com preços mais baixos. Outras pessoas podem chegar à conclusão oposta, e todo mundo está mais preocupado com a China agora do que há 50 anos”, acrescentou.

Contudo, além dos riscos associados às regulações, desde o início deste ano há as questões geopolíticas. As falas de Munger ocorreram após uma pergunta da audiência acerca dos “claros perigos de investir sob regimes autoritários” e das “atrocidades na guerra da Rússia contra a Ucrânia”.

“Não há dúvida de que o governo da China tem preocupado os investidores dos EUA”, disse Munger.

“Há mais dificuldades em lidar com o regime na China do que nos Estados Unidos. E é diferente, eles estão longe e têm sua própria cultura e sua própria lealdade”.

Warren Buffett disse que a Berkshire Hathaway vem aumentando sua participação na Activision apostando em uma fusão com a Microsoft (MSFT34).

No fim de 2021, pela primeira vez, a Berkshire comprou ações da companhia, fazendo um aporte de US$ 1 bilhão.

Buffett disse que a Berkshire “não tinha conhecimento prévio” do plano da Microsoft de comprar a empresa quando a Berkshire fez seu investimento inicial.

Ainda em janeiro deste ano, conforme reportado pelo Suno Notícias, a Microsoft comprou Activision Blizzard por uma cifra de US$ 68,7 bilhões.

Em comunicado oficial, a Microsoft disse que a aquisição deve “acelerar o crescimento do negócio de jogos da Microsoft em dispositivos móveis, PC, console e nuvem e fornecerá blocos de construção para o metaverso”.

Buffett disse que atualmente está comprando mais ações da Activision desde que este acordo foi anunciado, já que as ações ainda es~tao sendo negociadas muito abaixo da oferta da Microsoft.

Em suma, comprar os papéis com preços no patamar atual deve render uma maior rentabilidade se o negócio for fechado.

Buffett disse que a Berkshire agora possui uma participação de 9,5% na Activision.

“Se o negócio for bem-sucedido, ganhamos algum dinheiro, e se o negócio não for, quem sabe o que acontece”, disse Buffett.

“No futuro, não sabemos o que o Departamento de Justiça dos EUA fará, não sabemos o que a União Europeia fará, não sabemos o que outras 30 jurisdições farão. Mas sabemos que a Microsoft tem o dinheiro”, concluiu.

Você está preocupado com a sucessão da Berkshire Hathaway? Buffett e Munger estão bastante confiantes com o futuro do conglomerado, que estará nas mãos de Greg Abel, Ajit Jain, Ted Weschler e Todd Combs. 1/3

— Suno Research (@sunoresearch) April 30, 2022

Em ocasiões anteriores, Warren Buffett disse que a inflação ‘engana’ os investidores. Contudo, agora, quando ocorrem as perguntas e respostas no evento, o megainvestidor destaca que o efeito da alta de preços vai além disso.

“A inflação também engana o investidor em títulos públicos e renda fixa. Ele engana a pessoa que mantém seu dinheiro debaixo do colchão. Ela engana quase todo mundo”.

Buffett apontou que a inflação também aumenta a quantidade de capital que as empresas precisam ter e que simplesmente repassar os preços não é uma solução viável para manter os lucros ajustados à inflação.

O CEO da Berkshire Hathaway também disse que não é recomendável ouvir quem diz ‘prever a inflação’.

“A pergunta é quanto… e a resposta, ninguém sabe”, disse Buffett.

Ele também frisou que a melhor proteção contra a inflação é investir ‘em suas próprias habilidades’, melhorando as qualidades próprias que proporcionem desenvolvimento.

O evento teve sua primeira pausa em Omaha, fechando um período da manhã que teve foco nos negócios da Berkshire Hathaway e nos últimos movimentos da holding.

“Agora, de manhã, tivemos com a presença dos vice-presidentes da Berkshire. As perguntas focaram bastante nos negócios, já que os VPs vão substituir Buffett e Munger no futuro. Uma informação nova que tivemos foi que Buffett comprou ainda mais ações da Apple”, relata Alberto Amparo, analista da Suno Research que está presencialmente no evento.

“Ao serem questionado sobre os vários bilhões em aportes no mercado, Munger simplesmente disse que preferiam comprar ações em bolsa do que renda fixa, do jeitão ríspido dele”, afirma.

Citando pontos que lhe chamaram atenção, Amparo destaca que a filosofia de Buffett de manter uma quantia relevante em caixa justifica a longevidade da Berkshire.

“Ele citou que caixa é como oxigênio; há em todo lugar, mas se você ficar sem por alguns minutos você morre e perde tudo o que teve e construiu”.

Como citado nesta cobertura, a Berkshire terminou o trimestre com um caixa de US$ 102,6 bilhões. No fim de 2021, a holding detinha US$ 143 bilhões em caixa, mas a cifra foi reduzida pelos aportes recentes de Buffett ao ver boas empresas a bons preços na bolsa americana.

 

Ver essa foto no Instagram

 

Uma publicação compartilhada por Alberto Amparo (@albertoamparo)

Vendo a ação cair mais de 70%, indo de US$ 38 no IPO em julho de 2021 para atuais US$ 9,80, Charlie Munger fez críticas ao modelo de negócios da Robinhood.

A corretora que não cobra corretagem dos seus clientes, para o braço direito de Buffett, foi uma boa ideia que foi “grosseiramente exagerada”.

“Veja o que aconteceu com Robinhood, do pico ao vale. Não era bastante óbvio que algo assim iria acontecer?”, citou.

Segundo o megainvestidor, o modelo de “remunerações ocultas” é algo “repugnante”. A fala de Munger faz alusão ao fato de que a corretora ganha dinheiro com o pagamento pelo fluxo de pedidos, recebendo uma fatia do spread em negócios que a empresa encaminha para corretoras maiores.

“Isso está desvendando, agora. Deus está ficando justo”, disse Munger.

Buffett e Munger não tentam acertar o timing do mercado. A verdade é que não é possível prever como o mercado e a economia vão reagir no curto prazo.

— Suno Research (@sunoresearch) April 30, 2022

Vendo o aumento da ‘sistematização’ dos investimentos, Munger criticou o aumento de especulação com incontáveis ferramentas de tecnologia.

“Temos computadores com algoritmos negociando contra outros computadores. Temos pessoas que não sabem nada sobre ações, sendo aconselhadas por corretores que sabem menos ainda”, disse.

“Mas eu entendo a parte da comissão”, brincou Buffett, acerca das remunerações envolvidas.

Munger disse que o mercado de ações de hoje se tornou “quase uma mania de especulação”.

Seu comentário faz alusão à negociação algorítmica mas também é direcionado ao fato de que diversos investidores estão focados em ganhos de curto prazo e em oscilações de mercado que não correspondem aos fundamentos das empresas.

Depois da comparação com um cassino feita por Munger, Buffett seguiu a tese:

“Pessoas físicas e traders estão com fichas de pôquer e puxando a alavanca. Eles têm o sistema configurado para que, se você quiser comprar uma opção de compra de ações de três dias, você pode fazê-lo e eles ganham mais dinheiro vendendo isso do que se você comprar ações, então eles ensinam a você fazer esse tipo de operação”, disse.

“É por isso que os mercados fazem coisas malucas. Ocasionalmente, a Berkshire tem a chance de fazer alguma coisa. Não é porque somos mais inteligentes. … somente somos sãos, e esse é o principal requisito neste ramo”, acrescentou.

Charlie Munger teceu comentários diretos acerca da proposta para destituir Warren Buffett como presidente da Berkshire Hathaway.

“É a coisa mais ridícula que já ouvi”, disse Munger.

“É como se Odisseu voltasse depois de vencer a batalha de Tróia e assim por diante e algum cara dissesse: ‘Não gosto do jeito que você estava segurando sua lança quando venceu a batalha’”, acrescentou, em referência à histórica épica da Grécia antiga.

“Isso veio de algum cara que nunca administrou nenhum negócio, não sabe nada – não penso muito nisso”, disse Munger.

O imbróglio começou pois o Calpers, maior fundo de pensão dos Estados Unidos, afirmou que gostaria de um ‘presidente independente’ para o Conselho de Administração companhia.

Atualmente o Calpers é responsável por gerir a aposentadoria dos Funcionários Públicos da Califórnia e é o maior fundo público de pensão dos EUA.

O Calpers informou que investiu mais de US$ 450 bilhões na Berkshire, com US$ 2,3 bilhões em ações Classe A e  Classe B.

Em suma, isso significaria que Warren Buffett deixaria de presidir o conselho da Berkshire Hathaway – já que atualmente o megainvestidor é CEO e presidente do Conselho de forma simultânea.

Segundo o Calpers em comunicado ao National Legal and Policy Center, ter a mesma pessoa ocupando os dois cargos enfraquece a governança corporativa da companhia.

Warren Buffett fez uma compra agressiva de 14% do capital da petrolífera Occidental Petroleum, atualmente avaliada em cerca de US$ 7 bilhões. Essa compra foi feita em somente duas semanas no mês de março.

Apesar disso, citou que o caráter do investimento é muito diferente do que o que poderia ser feito com demais companhias da bolsa;

“Isso não é investimento. Você não está comprando de [investidores]. Acho simplesmente incrível. Você não poderia fazer isso com a Berkshire. … Surpreendentemente, grandes empresas nos Estados Unidos se tornaram fichas de pôquer”, disse o investidor durante o Berkshire Hathaway Annual Meeting.

“Isso nos permitiu, em um período de duas semanas, comprar 14% de um negócio que existe há década. Imagine tentar [comprar] 14% das fazendas deste país. 14% dos apartamentos. 14% das concessionárias de automóveis, ou qualquer coisa, quando já 40% estavam trancados em algum outro lugar. Isso desafia qualquer coisa que Charlie e eu vimos, e vimos muito”, relata.

Citando o caixa polpudo da holding, Buffett relembrou a crise de 2008 frisando que eventos análogos são um dos motivos de ele sempre manter muito dinheiro em mãos.

Crítico ferrenho do Bitcoin e de outras criptomoedas, Buffett não chegou a citá-las diretamente, mas fez suas críticas indiretas.

“O governo dos Estados Unidos acredita que ‘isso’ se tornou trocável por dinheiro legal”, disse Buffett.

“É isso que é dinheiro. Pode ocorrer que isso tenha uma queda brusca de poder de compra. Pode se tornar quase como papel-moeda, como em muitos países. Mas quando as pessoas dizem que estão buscando novas formas de dinheiro, essa é a única coisa que vai pagar as contas”, disse exibindo uma imagem de uma antiga nota de US$ 20.

A Seguradora Geico foi uma das companhias que mais deu dinheiro à Buffett, sendo uma seguradora detida pela Bekshire.

Para entender melhor essa história, dê uma olhada nos stories do Alberto Amparo, analista da Suno que está acompanhando ao vivo o evento.

Sendo famoso por provocar banqueiros e grandes instituições, Warren Buffett disse que a Berkshire Hathaway sempre será rica e terá caixa e, em tempos de necessidade, “seria uma melhor opção do que os bancos” – simulando uma situação em que a holding pudesse estender linhas de crédito para empresas crescerem.

Enquanto Buffett falava, alguém gritava da multidão, e Buffett ironizou: “Aquilo era um banqueiro gritando?”.

No acumulado do 1T22, a Berkshire Hathaway investiu mais de US$ 51 bilhões em ações em meio a um mercado que se mostrou volátil – e penalizou, inclusive, as ações da holding.

Com os aportes, Buffett comprou participação societária em empresas como Chevron, HP e Occidental.

Os movimentos denotaram um comportamento usual de Buffett, de “comprar ações ao som canhões e vender ao som de violinos”. Isso pois, ao fim do trimestre anterior, o 4T21, foram US$ 7,4 bilhões em vendas de ações por parte da Berkshire.

O S&P 500 caiu cerca de 5% no acumulado do 1T22, tendo seu pior trimestre desde o início da pandemia.

A queda continuou no mês de abril, com o índice tendo uma retração de mais de 8,8% ante um panorama inflacionário desfavorável e um mercado que reage mal aos movimentos mais hawkish do Federal Reserve (Fed).

Buffett frisou que, na Berkshire, sempre há bilhões de dólares à espera de boas oportunidades no mercado de ações.

Ao fim de março de 2022, a holding detinha US$ 102,6 bilhões disponíveis, ante US$ 143 bilhões vistos no fim de 2021.

No volume, são considerados valores em caixa líquido e os aportes em treasury bills – títulos de dívida do governo dos EUA, emitidos pelo Tesouro Nacional com um prazo de validade de curto prazo, com vencimento de um ano ou menos.

A cifra é vista pelos investidores como um modo de mensurar o risco do mercado, dado que o volume de dinheiro serve como uma reserva de oportunidade para quando boas ações de boas empresas encontram-se em patamares considerado baratos pelos investidores.

Em meio a vários aplausos empolgados, Buffett e Munger apareceram no palco do CHI Health Center ao lado dos vice-presidentes da Berkshire Hathaway (BERK34) Greg Abel e Ajit Jain.

“É bom estar de volta. Nós dois juntos temos 190 anos, e eu realmente acho que você tem direito….. se você é o dono de uma empresa e tem dois caras de 98 e 91 administrando-a, você tem o direito de vê-los em pessoa”, disse Buffett, em tom bem humorado e em meio às gargalhadas dos acionistas.

Ainda que as ações da Berkshire Hathaway sejam negociadas nas bolsas de Nova York, é possível comprar o BDR dos papéis nas corretoras brasileiras.

Trata-se de um recibo de depósito que replica o desempenho dos papéis, porém fica com custódia da corretora. Apesar da cotação em real brasileiro (BRL), o ativo sofre com as oscilações do dólar.

Você pode encontrar o produto nas corretoras pelo ticker BERK34.

O desempenho reflete o crescimento constante da companhia e o sucesso do método de investimento de Buffett, com alta de mais de 200% nos últimos cinco anos.

Você pode conferir mais detalhes sobre o ativo, disponível aos investidores brasileiros, no Suno Analítica ou no Status Invest

Assim como o lendário festival de Woodstock, em 1969, o encontro anual da Berkshire Hathaway (BERK34) teve um começo humilde antes de atrair CEOs de gigantes companhias da Bolsa de Nova York e dezenas de milhares de participantes.

Em meados de 1965 Warren Buffett assumiu o controle da Berkshire (você pode ler a história rolando a página um pouco abaixo) e as assembleias de acionistas continuaram sendo realizadas em Massachusetts até 1972.

Depois disso, o megainvestidor mudou o endereço das assembleias para o Omaha World-Herald.

Nos primeiros anos, as reuniões tinham cerca de uma dúzia de pessoas, segundo dados do The Wall Street Journal. O volume subiu para 250 pessoas em 1985, e quatro anos depois esse número quadruplicou para mil pessoas.

Em 1996 foram 5 mil participantes do annual meeting, e somente no início dos anos 2000 Buffett conseguiu passar a casa da dezena de milhar em termos de participantes.

Por conta de a Berkshire ser uma holding de investimento com participação societária em mais de 80 empresas e ter como CEO um dos maiores investidores de todos os tempos, o evento tornou-se extremamente visado por investidores.

A maioria do mercado considera a ocasião como uma oportunidade de aprendizado inestimável e o evento é visto como uma ‘peregrinação’ para todos os investidores e pessoas que estão inseridas no mundo dos negócios de um modo geral.

Por conta de ter chego a esse patamar, o evento ficou conhecido como “Woodstock para capitalistas”.

Apesar disso, não está documentado, ao certo, quando esse apelido foi dado. Apesar disso, a primeira vez que a Berkshire usou essa alcunha foi em 1997, em uma carta anual que se referia ao desempenho da holding no ano anterior.

No documento, Buffet se referiu ao evento como “a versão capitalista de Woodstock – a Reunião Anual da Berkshire”.

O evento, uma assembleia, iniciou como algo voltado aos acionistas da companhia. Tendo somente uma ação da companhia de Buffett na carteira (representada pelo BDR BERK34 no Brasil) já é possível participar como acionista.

Contudo, por conta da alta demanda de investidores para participar do evento, é possível que não-acionistas também possam participar por meio de passes de convidados.

A Berkshire Hathaway (BERK34) reportou um lucro líquido foi de US$ 5,46 bilhões no primeiro trimestre de 2022, acompanhando a retração das bolsas americanas, dado que a cifra é 53% menor do que os US$ 11,71 bilhões registrados no primeiro trimestre do ano anterior.

Apesar disso, o método de investimento de Buffett ainda garante um desempenho acima do mercado, e os ganhos operacionais – indicador considerado mais relevante pelo megainvestidor – aumentou levemente, para US$ 7 bilhões.

Essa leve alta se deu por conta de ‘sólidos aumentos na receita em negócios de ferrovias, energia e serviços públicos’, ante uma retração na linha final do resultado financeiro que se deu pela piora no segmento de seguros.

Além disso, as compras recentes geraram despesas polpudas e diminuíram o lucro líquido – como as aquisições de participação societária na Occidental Petroleum (OXY) e na HP (HPQ), além da Alleghany.

Ainda assim a holding de Warren Buffett fechou o 1T22 com US$ 106,3 bilhões em caixa, abaixo dos cerca de US$ 147 bilhões do fim do 4T21.

Apesar de uma inflação medida pelo CPI acima de 8% nos EUA, o CEO Brooks, empresa que fabrica calçados e que fica sob o guarda-chuva da holding de Warren Buffett, se mantém otimista.

Os impactos na supply chain em 2021 foram suficientes para desacelerar vendas da companhia, mas apesar do custo mais alto de commodities e outras matérias-primas, a Brooks conseguiu repassar os preços e deve sustentar um crescimento nos próximos meses e anos.

“Aumentamos os preços seletivamente onde pensávamos que poderíamos”, disse Jim Weber, CEO da Brooks.

O executivo afirmou que as vendas estão fortes em 2021 e que o crescimento da receita também deve ser saudável em 2022. A companhia de calçados registrou receita anual de mais de US$ 1 bilhão no ano passado, um recorde.

 

Ver essa foto no Instagram

 

Uma publicação compartilhada por Alberto Amparo (@albertoamparo)

O evento será transmitido de forma exclusiva no site da CNBC e inicia-se às 10:45.

Cronograma do evento (Horário de Brasília):

• 10:45am – 11:15am: Pré-Show
• 11:15am – 2pm: Sessão da Manhã da Annual Meeting
• 2pm – 3pm: Show do Intervalo
•  3pm – 5:30pm: Sessão da tarde da Annual Meeting
• 5:30pm – 5:45pm: Pós-Show
• 5:45pm – 6:30pm : Reunião formal da Berkshire Annual Meeting

Muito se fala do Buffett, mas queria aprofundar nessa thread um pouco mais do Charlie Munger.

Prestes a completar 100 anos, Munger acredita que a habilidade de investir é apenas mais uma das subdivisões de uma arte muito maior, que ele classifica como sabedoria mundana.

Segue:

— Alberto Amparo (@albertoamparo) April 29, 2022

 

Ver essa foto no Instagram

 

Uma publicação compartilhada por Suno Research (@sunoresearch)

Tendo a confiança como um dos seus principais nortes para investir, o bilionário Warren Buffett aportou, no fim de março, US$ 11,6 bilhões em uma seguradora de um “amigo de longa data”, segundo a CNBC.

Nesta segunda (21), foi anunciada a compra da seguradora Alleghany pela Berkshire Hathway (BERK34), sendo uma das maiores transações da holding de Warren Buffett em mais de seis anos.

Entre os motivos que consolidaram o aporte está o fato de a seguradora ser liderada pelo CEO Joseph Brandon, quem Warren Buffett descreve como um “amigo de longa data”.

O relacionamento deles remonta a pelo menos duas décadas, já que de 2001 a 2008 Brandon atuou como presidente e CEO da General Re, seguradora que compõe o quadro de subsidiárias da Berkshire.

Cunhado como “Delegator in Chief” pelo The New York Times, Warren Buffett tem fama no mercado de conceder aos executivos de suas subsidiárias uma grande liberdade de gestão e administração.

“Podemos liberar os executivos para que eles possam gastar todo o tempo descobrindo a melhor maneira de administrar seus negócios”, defendeu o megainvestidor em uma das reuniões anuais da Berkshire Hathaway.

Seu parceiro na holding, Charlie Munger, descreveu o estilo de gestão de Buffett como “delegação aquém da abdicação”.

Por conta disso, a tendência é de aportes em companhias que tenham maior transparência e executivos que sejam de sua confiança.

Em 1998, falando para um grupo de estudantes de MBA da Universidade da Flórida, Buffett expôs seus três critérios principais para julgar um funcionário em potencial: integridade, inteligência e energia.

Hoje desembarco nos EUA para acompanhar o Annual Meeting da Berkshire Hathaway.

Não eram permitidas gravações do evento, porém, recentemente a companhia tem disponibilizado transmissões e cortes da reunião.

E vou falar o por quê você deveria acompanhar da sua casa:

— Alberto Amparo (@albertoamparo) April 28, 2022

O megainvestidor Warren Buffett, pela última vez, fará seu almoço de caridade no leilão da beneficente Glide Foundation, instituição da qual faz parte há mais de 20 anos.

Os almoços anuais de leilão beneficente “Power of One” de Buffett começaram em 2000 para arrecadar dinheiro para a Glide, que opera uma igreja e fornece refeições e assistência médica a pessoas pobres e sem-teto.

Somente no primeiro ano, o leilão arrecadou US$ 25 mil de um doador anônimo. Em 2019, o ano mais recente do evento, o lance vencedor foi de US$ 4,57 milhões, apresentado pelo CEO da empresa de streeaming BitTorrent e investidor de criptomoedas Justin Sun.

Os almoços já arrecadaram mais de US$ 34 milhões no total para a Glide, segundo informe oficial da organização na segunda-feira (25).

O Power of One está receberá os lances na plataforma eBay for Charity, entre 12 e 17 de junho, e os vencedores podem convidar até sete pessoas para sentar à messa com Buffett.

A ideia do almoço com Buffett foi da sua falecida esposa, Susie Buffett, que viu no cardápio do restaurante de Manhattan uma oportunidade de arrecadar grandes valores.

Comprar empresas boas em meio a notícias ruins comumente é um bom negócio. Um exemplo claro foi quando o Warren Buffett comprou American Express na década de 60.

Segue a história:

— Alberto Amparo (@albertoamparo) April 27, 2022

Com grande expectativa para o evento, o analista Alberto Amparo da Suno Research, que estará no Annual Meeting da Berkshire Hathaway presencialmente, comenta que o evento é uma das limitadíssimas oportunidades de estar perto dos melhores do mundo em alguma área.

“A relevância de participar é muito grande. Estamos acostumados com Buffett e Munger vivos. Mas imagina se você tivesse uma sessão de perguntas e resposta com Einstein, com o Senna, ou o Jobs; ninguém iria querer perder isso. Você tem o melhor de todos os tempos em uma área disponível para o público”, comenta.

“Acredito que são lições inestimáveis, eles falam de tudo; são lições relevantes até mesmo para quem não investe. Claro que isso fica gravado, mas ir presencialmente é uma experiência que é uma oportunidade inestimável. Acredito que temos que aproveitar porque, por exemplo, eu vou passar a maior parte dos anos da minha vida em épocas que o Buffett e o Munger não estarão vivos. Acho que é uma oportunidade bem especial”, segue.

 

Ver essa foto no Instagram

 

Uma publicação compartilhada por Alberto Amparo (@albertoamparo)

As ações Classe A da Berkshire Hathaway (BERK34), companhia do bilionário Warren Buffett, atingiram um preço recorde de US$ 504,036 no fim de março, acompanhando o fluxo do mercado financeiro dos Estados Unidos – que virou para cima com a decisão da política monetária do Federal Reserve.

Os papéis acumulam valorização de 11,8% neste ano, enquanto o índice S&P 500 caiu 8,5% no mesmo período.

Já as ações da companhia americana negociadas na Bolsa de Valores brasileira por meio das BDR (Brazilian Depositary Receipts) encerraram o pregão do dia em questão em queda de 0,58%, cotadas a R$ 85,32.

Mas, com a notícia dos ventos positivos na Bolsa dos EUA, a ação subiu 2,15% no Brasil nesta quinta (17). A BDR ficou cotada a R$ 87,16.

A alta das ações da Berkshire elevou o valor de mercado da companhia para mais de US$ 730 bilhões, superando a big tech Meta (FBOK34), holding do Facebook, e se tornando a única companhia não ligada a tecnologia na lista das 10 empresas de capital aberto mais valiosas dos EUA.

As ações Classe B também foram valorizadas e fecharam em US$ 336,1 na quarta-feira, subindo 12% este ano.

Atualmente a Berkshire Hathaway é uma holding que figura como uma das maiores empresas do mundo.

Por ser uma holding, a Berkshire é supervisiona um conglomerado de empresas e possui participação acionária em outros negócios, tendo fatias relevantes em outras gigantes, como a Apple e a Coca-Cola.

Essas e outras empresas, por sua vez, oferecem produtos e mercadorias ao mercado, lucrando com isso e distribuindo dividendos para seus acionistas, incluindo a Berkshire.

Então, com esses dividendos, a holding paga suas despesas e utiliza o restante do capital para adquirir novas ações de empresas.

Além disso, nos últimos anos a Berkshire tem preferido guardar a maior parte dos dividendos recebidos de suas investidas para formar uma reserva de oportunidade.

Neste sentido, para se ter uma ideia, essa reserva chegou a quase 140 bilhões de dólares em maio de 2020.

Mas, nem sempre foi assim….

Na primeira metade do século 18, onde remontam suas origens, a Berkshire ainda não possuía seu nome atual ou atividade atual. Antes de se tornar o que é hoje, a empresa atuou fortemente no setor têxtil norte-americano.

Então, em 1923, a companhia passou por um importante momento, quando ocorreu a fusão entre a Companhia de Algodão Berkshire e a corporação Valley Falls. Assim, surgiu nesse ano a Berkshire Fine Spinning Associates.

Depois de algumas décadas, em 1955, a Berkshire Fine Spinning Associates passou por uma nova fusão, quando se juntou com a antiga Companhia Manufaturada Hathaway, do empresário Horatio Hathaway.

Após essa fusão, finalmente a empresa passou a se chamar Berkshire Hathaway. No entanto, até então Buffett ainda não possuía qualquer relação com a companhia, o que veio acontecer apenas em 1962, quando o investidor começou a comprar suas primeiras ações.

Nesse período, as ações da empresa estavam em forte baixa, e Buffett aproveitou desse momento para iniciar seus investimentos na empresa.

Mas apesar do momento de queda das ações da Berkshire, é preciso destacar que a participação de Buffett na empresa foi colocada por ele mesmo como um dos seus maiores erros como investidor.

 

Ver essa foto no Instagram

 

Uma publicação compartilhada por Alberto Amparo (@albertoamparo)

Considerado o ‘braço direito’ de Buffet, Charlie Munger é conhecido por ser curto e grosso ao tratar dos mais diversos assuntos, tendo diversas falas francas sobre os mercados financeiros globais.

Atualmente a fortuna de Charlie Munger é avaliada em cerca de US$ 2,6 bilhões. Ele considerado por muitos,  um dos maiores entendedores sobre psicologia e comportamentos na área de investimentos.

Boa parte de sua ‘cultura de investidor’ veio com seu avô, que era juiz do Tribunal Distrital de Nebraska e gostava de dar sermões à família sobre as virtudes de economizar dinheiro e evitar vícios como bares e jogos de azar.

O investidor e vice-presidente da Berkshire Hathaway matriculou-se na Universidade de Michigan para estudar matemática quando tinha 19 anos.

Posteriormente acabou saindo em 1943 para se juntar ao US Army Air Corps. Enquanto servia no Exército, ele estudou na Caltech em Pasadena, Califórnia.

Após isso, estudou física e meteorologia, tornando-se meteorologista e ganhando o posto de segundo-tenente, após obter uma pontuação elevada no Teste de Classificação Geral do Exército.

Mas, apesar de frequentar várias universidades, nunca obteve um diploma de graduação. Isso se tornou um problema quando ele tentou se matricular na Harvard Law School.

Todavia, como o pai de Munger havia frequentado a Universidade de Harvard para se tornar advogado, sendo um grande amigo de Roscue Pound, ex-reitor de Harvard, Munger foi admitido na Universidade de Harvard para estudar direito.

Durante seu tempo em Harvard, Munger se formou magna cum laude em Jurisprudência (JD), se formando em 1948 e se mudou para a Califórnia de modo a exercer a advocacia.

Depois de se formar e fundar seu próprio escritório, em meados de 1965, ele deixou a carreira jurídica para se concentrar em investimentos em tempo integral.

Seus investimentos começaram a produzir uma taxa de retorno anual de mais de 20%. Esse valor era 4 vezes a taxa de juros média do mercado na época.

Sua filosofia de investimentos prevê minimização de risco e concentrando sua carteira em ativos conhecidos e resilientes.

“Ao permitir-nos entender melhor o que estamos fazendo, a simplicidade pode melhorar o desempenho. Se algo for muito difícil, recorremos a outro. O que pode ser mais fácil do que isso? Somos apaixonados por tornar as coisas simples”, defende.

 

Ver essa foto no Instagram

 

Uma publicação compartilhada por Suno Research (@sunoresearch)

O megainvestidor Warren Buffett, de 91 anos, pode deixar de presidir o conselho da Berkshire Hathaway (BERK34). O Calpers, maior fundo de pensão dos Estados Unidos, quer um ‘presidente independente’ para o Conselho de Administração companhia. Atualmente o Calpers é responsável por gerir a aposentadoria dos Funcionários Públicos da Califórnia e é o maior fundo público de pensão dos EUA. A Calpers informou que investiu mais de US$ 450 bilhões na Berkshire, com US$ 2,3 bilhões em ações Classe A e  Classe B.

Em suma, isso significaria que Warren Buffett deixaria de presidir o conselho da Berkshire Hathaway – já que atualmente o megainvestidor é CEO e presidente do Conselho de forma simultânea.

Segundo o Calpers em comunicado ao National Legal and Policy Center, ter a mesma pessoa ocupando os dois cargos enfraquece a governança corporativa da companhia.

A declaração ocorreu em meio à última assembleia de acionistas da Berkshire, em 30 de abril. Na próxima semana, acontecerá o Annual Meeting da companhia, que você poderá acompanhar ao vivo no Instagram do Alberto Amparo, analista da Suno Research.

O conselho da Berkshire Hathaway respondeu dizendo que se opõe à medida e acredita que Warren Buffett deve continuar desempenhando as duas funções.

Depois que ele sair, um membro do conselho que não faz parte da administração deve se tornar presidente, segundo a própria Berkshire.

Sendo conhecido como um dos maiores investidores de todos os tempos – e, por muitos, de fato o maior – Warren Buffett é praticante da estratégia de investimentos do Buy and Hold (comprar e manter).

Nascido em uma pequena cidade de Omaha, no interior do estado de Nebraska (EUA) começou a investir desde cedo e, com o tempo, foi acumulando uma fortuna invejável.

Para se ter uma ideia, o velhinho está entre os homens mais ricos do mundo, com um patrimônio estimado em mais de 100 bilhões de dólares.

Boa parte do crescimento do seu patrimônio veio quando Buffet já tinha cabelos brancos, entoando a tese de que os juros compostos trabalham melhor no longuíssimo prazo.

Isso porque mais de 95% do patrimônio do Warren Buffett foi acumulado após os 60 anos.

Com sua habilidade de alocação de capital na renda variável, Warren Buffett foi capaz de atingir uma rentabilidade histórica próxima de 20% ao ano.

Para se ter uma ideia, se alguém investisse $1 dólar com ele em 1950, essa cifra teria se transformado em $143.476 dólares em 1993.

A Berkshire Hathaway (BERK34), do investidor Warren Buffett, anunciou na primeira semana de abril a compra de uma fatia significativa da fabricante de notebooks e eletrônicos HP (HPQB34).

Após desembolsar US$ 4,2 bilhões (R$ 19,98 bilhões), a casa de investimentos detém agora 11,5% da empresa de tecnologia.

O movimento da Berkshire Hathaway fez as ações da HP dispararem quase 18% no pregão em questão. No Brasil, os recibos das ações (BDRs, na sigla em inglês) tiveram valorização de 17,76%.

No acumulado dos últimos seis meses os papéis sobem 19,9%, ante 5,3% de alta nas BDRs.

Para que você consiga ter o máximo de proximidade com as ideias de Buffett e Munger, basta seguir acompanhando esta postagem e as redes da Suno e do Alberto Amparo.

Abasteceremos frequentemente nossos canais com conteúdo acerca do encontro e não deixaremos você de fora dos detalhes do annual meeting.

A filosofia de investimento de Warren Buffett em cinco tópicos:

01. Busque por margem de segurança:

Sempre compre empresas que estejam sendo negociadas a preços inferiores a seus valores intrínsecos.

— Alberto Amparo (@albertoamparo) April 25, 2022

A Suno estará na Berkshire Annual Meeting com nosso analista de investimentos internacionais da casa, Alberto Amparo.

Formado em engenharia de produção pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Alberto Amparo é analista de investimentos da Suno, casa de análise financeira voltada para investidores pessoa física.

Possui certificação CNPI (Certificação Nacional dos Profissionais de Investimento). Alberto é responsável pela carteira internacional da Suno e é especialista em mercado financeiro, valuation, investimentos e análise de negócios.

 

Ver essa foto no Instagram

 

Uma publicação compartilhada por Alberto Amparo (@albertoamparo)

Realizada anualmente, como o próprio nome diz, o annual meeting da Berkshire Hathaway (BERK34) trata-se de um dos eventos mais aguardados do ano pelos investidores.

Em suma, os fundadores da Berkshire, Warren Buffett e Charlie Munger, encontram-se com acionistas e investidores para discutir suas perspectivas de investimento e suas teses sobre o mercado.

Tradicionalmente ocorrendo entre o fim de abril e o início de maio, o evento é conhecido como o “Woodstock para capitalistas”. De lá geralmente saem frases célebres de Buffett que são citadas a exaustão no mercado financeiro.

Por conta de a Berkshire ser uma holding de investimento com participação societária em mais de 80 empresas – e ser liderada pelo Oráculo de Omaha, como Buffet é conhecido – o evento é muito visado por investidores, enquanto encontros semelhantes de outras companhias geralmente  não são tão atrativos.

Isso porque a maioria do mercado considera a ocasião como uma oportunidade de aprendizado inestimável.

O evento, uma assembleia, é voltado aos acionistas da companhia. Tendo somente uma ação da companhia de Buffett na carteira (representada pelo BDR BERK34 no Brasil) já é possível participar como acionista.

Contudo, por conta da alta demanda de investidores para participar do evento, é possível que não-acionistas possam participar por meio de passes de convidados.

Já quem detém ações da Berkshire Hathaway pode solicitar até quatro passes.