Bemobi (BMOB3) estipula faixa de preço de IPO e pode movimentar R$ 1 bilhão

A Bemobi Mobile Tech (BMOB3), que opera na distribuição e monetização de aplicativos para celular, estipulou a faixa de preço da sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). Segundo o documento divulgado pela empresa, o preço unitário das ações da empresa ficará entre R$ 17,60 e R$ 23,10.

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Com base no centro da faixa indicativa determinada, de R$ 20,35, e a oferta base de 49.732.622 papéis, o IPO da Bemobi pode levantar R$ 1,012 bilhão. A empresa será negociada no Novo Mercado, mais alto nível de governança da B3, sob o ticker ‘BMOB3’.

A abertura de capital inicialmente contará apenas com ações primárias, ou seja, quando os recursos angariados são direcionados ao caixa da empresa. No entanto, pode ser incluída uma tranche secundária, fase em que atuais acionistas da empresa vendem fatias de suas participações.

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Caso haja a oferta secundária, podem ser exercidos os lotes adicional (9.946.524 ações) e suplementar (7.459.893), fazendo com que o volume total da oferta suba para R$ 1,36 bilhão, ainda considerando o preço médio do intervalo estipulado.

O período de reserva dos investidores de varejo acontecerá entre 22 de janeiro e 28 de janeiro, com a opção de adesão ao lock-up de 45 dias. A precificação das ações deve ocorrer no dia 8 de fevereiro.

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A Bemobi

A Bemobi Mobile Tech é uma companhia focada na distribuição e monetização de aplicativos, games e serviços digitais móveis para países emergentes. Hoje, a empresa tem serviços integrados e em operação com 70 operadoras de telefonia móvel ao redor do mundo, incluindo:

Até o final de setembro, a empresa registrava 34,6 milhões de assinantes distribuídos em 37 países e uma base endereçável de mais de 2,2 bilhões de usuários, representando a soma dos usuários de telefonia móvel de todas as operadoras que temos contratos assinados e onde nossos serviços já estão disponíveis.

A companhia opera em um modelo de B2B2C, isto é, oferece serviços a uma empresa que, por sua vez, o disponibiliza aos clientes finais. Assim, o negócio está baseado em parcerias com operadoras de telefonia móvel, com as quais a Bemobi Mobile Tech viabiliza a cobrança de seus serviços por meio do  pré-pago e/ou contas pós-pago do serviço de telefonia móvel.

A empresa também oferecer modalidades de serviços de microfinanças como uma forma de possibilitar a popularização e a adoção de serviços digitais. Além disso, por meio de sua plataforma digital, a Bemobi Mobile Tech conecta usuários de smartphones a aplicativos, jogos e serviços, em um modelo capaz de gerar valor através de acordos de compartilhamento de receita.

Retrospecto financeiro

Em 2019, a companhia apresentou uma receita líquida de R$ 154,6 milhões, ante um resultado de R$ 142,8 milhões obtido nos 12 meses anteriores.

Na mesma base de comparação, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) subiu de R$ 81,2 milhões para R$ 81,3 milhões no ano passado. Já o lucro líquido registrou uma queda de R$ 89,1 milhões, em 2018, para R$ 36,4 milhões, em 2019.

“Acreditamos estar em posição de destaque para reduzir as barreiras que existem hoje para uma maior rentabilização de serviços digitais em países emergentes”, salientou a Bemobi Mobile Tech no prospecto de sua oferta ao mercado.

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Jader Lazarini

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