A Bemobi (BMOB3) estreou na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) nesta quarta-feira (10). Já nos primeiros momentos do pregão as ações da companhia chegaram a disparar mais de 20%. Os papéis, entretanto, viraram no decorrer do dia e fecharam em queda de 2,73%.
A tarde desta quarta-feira não foi agradável para a empresa focada na distribuição e monetização de aplicativos, games e serviços digitais móveis. Em uma sessão mais parecida com uma montanha-russa, as ações da Bemobi saíram de algo perto de R$ 20,45, por volta das 10h40, para R$ 21,40 ao final do pregão.
Há dois dias a companhia fechou o processo de bookbuilding precificou seus papéis a R$ 22 cada para a oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). O valor veio acima da mediana da faixa indicativa de preço, cujo intervalo era de R$ 17,60 e R$ 23,10.
A estreia chama atenção devido ao recente o entusiasmo pela abertura de capital de empresas de tecnologia no Brasil, muito bem representado no IPO da Mosaico (MOSI3), que dobrou de valor logo no primeiro dia de negociações.
Resultados e perfil corporativos da Bemobi
A Bemobi é uma empresa focada na distribuição e monetização de aplicativos, games e serviços digitais móveis para países emergentes. Atualmente, a companhia tem serviços integrados e em operação com 70 operadoras de telefonia móvel ao redor do mundo, incluindo: Tim (TIMP3); Vivo (VIVT4); Oi (OIBR3); e Claro.
Até o fim de setembro de 2020, a empresa possuía 34,6 milhões de assinantes distribuídos em 37 países e uma base endereçável de mais de 2,2 bilhões de consumidores, representando a soma dos usuários de telefonia móvel de todas as operadoras que temos contratos assinados e onde nossos serviços já estão em operação.
No acumulado anual de 2019, a companhia teve uma receita líquida de R$ 154,6 milhões, ante um resultado de R$ 142,8 milhões obtido nos 12 meses anteriores, um avanço de 8,6%. Na mesma base comparativa, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Bemobi apresentou uma leve alta de R$ 81,2 milhões para R$ 81,3 milhões no ano passado. O lucro líquido, por sua vez, caiu de R$ 89,1 milhões, em 2018, para R$ 36,4 milhões, no ano seguinte.