A Bemobi Mobile Tech (BMOB3), empresa que atua na distribuição e monetização de aplicativos para celular, precificou seus papéis a R$ 22 cada para a oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). A estreia na Bolsa de Valores de São Paulo está marcada para a próxima quarta-feira (10).
A precificação das ações da Bemobi ficou próxima do teto da faixa indicativa, que estava entre R$ 17,60 e R$ 23,10. Com o encerramento do processo de bookbuilding na última segunda-feira (8), a operação da companhia movimentará R$ 1,25 bilhão.
Do montante total, R$ 1,09 bilhão refere-se à oferta primária, quando os recursos são destinados ao caixa da empresa. Com esse capital, a companhia planeta quitar obrigações decorrentes da organização societária (25,6%), o pagamento de dividendos de exercícios passados (19,5%) e aquisição de novos ativos (54,9%).
A oferta de ações secundárias da operação, quando atuais acionistas vendem parte de suas fatias na empresa, soma R$ 164,1 milhões.
Um dos grandes investidores atuais é o Bemobi International, que controla 83,9% das ações e pode ver a participação cair para até 19,2% se forem exercidos os lote adicional e suplementar do IPO.
Outro grande acionista é o CEO Pedro Santos Ripper, que possui 7,2% e pode ver a participação cair para 3%. A operação é coordenada por:
- BTG Pactual (BPAC11);
- Morgan Stanley;
- XP Investimentos;
- Itaú BBA.
Sobre a Bemobi
A Bemobi é uma empresa focada na distribuição e monetização de aplicativos, games e serviços digitais móveis para países emergentes. Atualmente, a companhia tem serviços integrados e em operação com 70 operadoras de telefonia móvel ao redor do mundo, incluindo:
- Tim (TIMP3);
- Vivo (VIVT4);
- Oi (OIBR3);
- Claro.
Até o fim de setembro de 2020, a empresa possuía 34,6 milhões de assinantes distribuídos em 37 países e uma base endereçável de mais de 2,2 bilhões de consumidores, representando a soma dos usuários de telefonia móvel de todas as operadoras que temos contratos assinados e onde nossos serviços já estão em operação.
O modelo de negócios da empresa é B2B2C, ou seja, oferece serviços a uma empresa que, por sua vez, o disponibiliza aos clientes finais. Dessa forma, o negócio está baseado em parcerias com operadoras de telefonia móvel, com as quais a Bemobi Mobile Tech viabiliza a cobrança de seus serviços por meio do pré-pago ou contas pós-pago do serviço de telefonia.
A companhia também oferecer modalidades de serviços de microfinanças como uma forma de possibilitar a popularização e a adoção de serviços digitais.
Histórico financeiro
No acumulado anual de 2019, a companhia teve uma receita líquida de R$ 154,6 milhões, ante um resultado de R$ 142,8 milhões obtido nos 12 meses anteriores — um avanço de 8,6%.
Na mesma base comparativa, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) apresentou uma leve alta de R$ 81,2 milhões para R$ 81,3 milhões no ano passado. O lucro líquido, por sua vez, caiu de R$ 89,1 milhões, em 2018, para R$ 36,4 milhões, no ano seguinte.
“Acreditamos estar em posição de destaque para reduzir as barreiras que existem hoje para uma maior rentabilização de serviços digitais em países emergentes”, diz a Bemobi em seu prospecto preliminar da oferta ao mercado.
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