BCE prolonga trabalho remoto até o fim desse ano
O Banco Central Europeu (BCE) comunicou que seus funcionários permanecerão trabalhando de forma remota até o final de 2020, ou seja, três meses a mais do que idealizado anteriormente. Segundo informaram fontes ao ‘Bloomberg’ nessa segunda-feira (3) o motivo seria que a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) não parece estar perto de acabar.
Um porta-voz da autoridade monetária, salientou que “em razão das experiências positivas com o trabalho remoto, o BCE cometeria um erro no lado da cautela ao decidir retornar ao trabalho no escritório”, e completou “o regime atual é que aqueles que têm boas razões para trabalhar no escritório podem fazê-lo”.
Entretanto, uma das fontes explicou que o trabalho remoto continua sendo a primeira opção. Além disso, o BC da Europa conta com mais de 3,5 mil funcionários, sendo a grande maioria pessoas com idade entre 31 e 47 anos.
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Vale destacar que além da autoridade monetária europeia, outras instituições que integram a União Europeia (UE) também solicitaram que seus funcionários permaneçam em home office. Segunda uma porta-voz da Comissão da União Europeia informou, dos 32 mil funcionários do órgão executivo, 80% estão trabalhando remotamente.
Além disso a Suécia, país que faz parte da União Europeia, pediu na última quinta-feira (30) para que a sua população permanecesse em regime de home office pelo menos até o fim desse ano.
Já no Brasil, o Ministério da Economia também informou na última quinta-feira , que estenderá o home office para servidores públicos federais mesmo após a pandemia do novo coronavírus.
O governo brasileiro negou que haveria prejuízos para o atendimento ao público e informou que os órgãos poderão continuar dando a opção para os funcionários permanecerem em regime de home office.
BCE pede aos bancos europeus que não paguem dividendos em 2020
Ainda devido ao novo coronavírus, O BCE pediu na última terça-feira (28) que os bancos da zona do euro mantivessem a suspensão do pagamento de dividendos até janeiro de 2020. A autoridade monetária também indicou que as instituições financeiras deveriam ser “extremamente moderadas” no pagamento de bônus para os executivos durante a pandemia.
A autoridade monetária realizou tais recomendações para ajudar os bancos a absorver perdas e apoiar os empréstimos necessários durante a crise do coronavírus, que deixou a economia da União Europeia em uma grave recessão.
O presidente do conselho de supervisão do BCE, Andrea Enria, explicou que entende o incômodo que o atraso nos dividendos causa para os acionistas dos bancos, mas acrescentou que as medidas são “excepcionais e temporárias”.