BCE diz que PIB da zona do euro voltará a níveis pré-pandemia ao longo de 2022
O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro deverá voltar a níveis pré-pandemia ao longo do ano que vem, de acordo com a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde.
A presidente do BCE, que falou em coletiva de imprensa que se seguiu a uma reunião do Eurogrupo, ressaltou, porém, que a recuperação econômica será marcada por incertezas e divergências entre os diferentes países do bloco.
“Diante das incertezas e divergências, políticas de apoio continuam necessárias nos próximos meses”, salientou Lagarde.
Na ocasião ela ainda destacou que a inflação está passando por uma alta temporária este ano e voltará a desacelerar no ano que vem.
Além disso, Lagarde disse que a instituição precisa se concentrar em garantir condições de financiamento favoráveis e que está monitorando a recente alta nos juros de bônus soberanos “cuidadosamente”.
BCE aponta riscos elevados à estabilidade financeira na zona do euro
Vale lembrar que na última quarta-feira (19), o BCE avaliou que os riscos à estabilidade de empresas, bancos e mercados financeiros da zona do euro permanecem “elevados”, devido ao impacto desigual da pandemia de covid-19 na região, e alerta que a eventual retirada de medidas de alívio pode levar a um salto no número de falências.
Segundo a autoridade monetária, existe um “aglomerado de riscos em alguns setores e países”, e empresas do setor de serviços, que foram mais atingidas pela pandemia, se endividaram e ficaram mais vulneráveis a uma situação de fraqueza econômica prolongada.
“Um aumento de falências corporativas poderá ter impacto nas famílias por meio da perspectiva de emprego, o que até agora foi evitado por medidas de apoio”, disse o BCE em sua Revisão de Estabilidade Financeira, relatório semestral divulgado nesta semana.
No documento, o BCE prevê que medidas de alívio implementadas por governos da zona do euro deverão continuar sustentando a recuperação econômica, mas recomenda iniciativas mais direcionadas e maior foco nos setores mais prejudicados pela covid-19, especialmente o de serviços.
Com informações do Estadão Conteúdo