Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu (BCE), prosseguirá com os planos de encerramento dos estímulos econômicos de € 2,6 trilhões em dezembro. O motivo seria a alta da inflação. Entretanto, indicadores recentes apontam para o inverso.
No Parlamento Europeu, o presidente do BCE afirmou ontem que a decisão de finalizar o programa de compra de ativos apenas será tomada no mês que vem. A decisão dependerá da confirmação da previsão do banco central na alta da inflação.
Draghi fez os comentários após sinais de enfraquecimento da confiança nos negócios, em específico a queda do índice dos gerentes de compras da zona do euro ao menor patamar em quatro anos.
Em paralelo, a região cresceu 0,2% no 3º trimestre de 2018. A metade do crescimento do 1º trimestre, de 0,4%.
Draghi mencionou ainda o mais baixo nível de desemprego desde 2008, e o aumento da lucratividade das empresas como indícios da recuperação da zona do euro.
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Assim, a entidade financeira mantém-se confiante que a retirada do programa de estímulos será segura para o crescimento econômico. “No geral, há bons motivos para ter confiança de que a inflação vai aumentar gradualmente no período à frente”, disse Draghi.
Para estimular a economia, o BCE está encarregado de comprar € 15 bilhões, principalmente em bônus soberanos, sob o programa de afrouxamento quantitativo.
Apesar do provável encerramento dos estímulos econômicos, Draghi afirmou aos parlamentares que o BCE prosseguirá garantindo “um grau significativo de estímulos” por meio da política monetária.
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