BCE empresta 1,3 trilhão de euros a bancos da zona do euro
Os bancos da zona do euro emprestaram 1,3 trilhão de euros (cerca de R$ 7,8 trilhões de reais), disponibilizados pelo Banco Central Europeu (BCE), em um programa de estímulos à economia da região.
O BCE investiu em seu pacote de empréstimos de longo prazo para ajudar empresas e famílias a conter os efeitos da crise gerada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Ao todo, 742 bancos da zona do euro aceitaram as propostas da autoridade monetária europeia. O número de instituições financeiras que aderiram o programa foi um pouco menor do que o esperado por analistas.
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Especialistas mostravam-se receosos quanto à possível recusa dos bancos devido à escassez de opções rentáveis durante a crise e à estigma em reação aos empréstimos junto ao BCE.
O programa de empréstimos de longo prazo da autoridade monetária, nomeado de operações de refinanciamento de prazo mais longo, ou TLTROs, procura sustentar o crédito no setor privado. Utilizado desde 2014, o pacote do BCE paga aos bancos da zona do euro até 1% para emprestar dinheiro por um período de três ano, desde que direcionem os recursos para a economia real.
Os TLTROs fazem parte das medidas tomadas pelo BCE em resposta ao coronavírus. A autoridade monetária informou, no início deste mês, que iria expandir seu programa de estímulos à economia para 1,35 trilhão de euros (cerca de R$ 7,68 trilhões) no combate à pandemia.
A decisão do BCE vai de encontro com os esforços do Federal Reserve (Fed), Banco Central dos Estados Unidos, em sustentar a economia no momento de crise. A autoridade monetária norte-americana já direcionou mais de US$ 3 trilhões (aproximadamente R$ 16,03 trilhões) para combate ao coronavírus.
A ampliação do auxílio da autoridade monetária central da Europa ocorre após a expectativa pela recessão econômica da região passar a ser pior do que o estimado inicialmente. Pior, inclusive, do que acontecerá nos Estados Unidos.
Confira: BCE rechaça críticas sobre juro negativo e defende medida
O BCE prevê que a zona do euro terá uma queda econômica forte em 2020. A presidente da instituição, Christine Lagarde, disse estima uma queda de 8,7% na economia do bloco.