O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, disse nesta segunda-feira (12) que a instituição vai decidir sobre a transição do seu programa emergencial de compras de ativos, conhecido como PEPP, no futuro “próximo”. Ele ressaltou, no entanto, que “bastante acomodação monetária” será necessária mais adiante e que a retirada de estímulos deverá ser gradual e não prematura.
O vice-presidente do BCE que falou durante evento online do Fórum Oficial das Instituições Monetárias e Financeiras (Omfif, pela sigla em inglês), comentou também que a inflação da zona do euro deverá acelerar até o fim do ano e que os atuais riscos para os preços “apontam para cima”.
Guindos disse ainda que o Banco Central Europeu aceitará que a inflação do bloco supere a meta oficial de 2% a “depender das circunstâncias” e avaliou que os preços serão influenciados por fatores externos. Ainda segundo Guindos, a recuperação econômica da zona do euro está em andamento e os riscos ao crescimento “estão bem equilibrados”, mas o apoio da política monetária ainda é necessário.
O vice-presidente do Banco Central Europeu afirmou também que a disseminação de variantes da covid-19, como a delta, é evidência de que o BCE não pode ser complacente.
BCE aprovou revisão da estratégia de política monetária de forma unânime, diz Lagarde
A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, disse na quinta-feira (8) que a instituição aprovou de forma unânime a revisão de sua estratégia de política monetária, divulgada mais cedo.
De acordo com Lagarde, a nova meta de inflação de 2% do BCE é consistente com padrões de estabilidade de preços. “(É uma meta) clara, fácil de comunicar e ancora expectativas”, disse a dirigente durante coletiva de imprensa.
Lagarde afirmou também que o BCE considera como “indesejáveis” desvios positivos e negativos da meta da inflação e comentou que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) harmonizado continua sendo uma métrica apropriada para monitorar os preços na zona do euro.
Ainda de acordo com Lagarde, a política monetária não pode lidar com flutuações de curto prazo e a nova estratégia, que já será utilizada na reunião do BCE do próximo dia 22, confirma o caráter de médio prazo de suas medidas.
Com informações do Estadão Conteúdo
Notícias Relacionadas