BCE aponta riscos elevados à estabilidade financeira na zona do euro
O Banco Central Europeu (BCE) avaliou nesta quarta-feira (19) que os riscos à estabilidade de empresas, bancos e mercados financeiros da zona do euro permanecem “elevados”, devido ao impacto desigual da pandemia de covid-19 na região, e alerta que a eventual retirada de medidas de alívio pode levar a um salto no número de falências.
Segundo o BCE, existe um “aglomerado de riscos em alguns setores e países”, e empresas do setor de serviços, que foram mais atingidas pela pandemia, se endividaram e ficaram mais vulneráveis a uma situação de fraqueza econômica prolongada.
“Um aumento de falências corporativas poderá ter impacto nas famílias por meio da perspectiva de emprego, o que até agora foi evitado por medidas de apoio”, disse o banco em sua Revisão de Estabilidade Financeira, relatório semestral divulgado nesta quarta-feira.
No documento, o BCE prevê que medidas de alívio implementadas por governos da zona do euro deverão continuar sustentando a recuperação econômica, mas recomenda iniciativas mais direcionadas e maior foco nos setores mais prejudicados pela covid-19, especialmente o de serviços.
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BCE diz que mudanças climáticas são parte importante de revisão estratégica
Ainda nesta quarta-feira (19) o dirigente do Banco Central Europeu (BCE), Philipe Lane voltou a defender a importância da preparação para os riscos associados às mudanças climáticas.
Em evento virtual hoje, Lane revelou que o tema terá papel fundamental na revisão estratégica de política monetária que está sendo feita pela autoridade monetária europeia.
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“Se transição à economia verde atrasar, será risco mais amplo ao sistema”, destacou o dirigente do BCE.
Com informações do Estadão Conteúdo