BCE: Anúncios sobre vacina não mudam os planos da instituição, diz Lagarde
A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, informou nesta terça-feira (17) que os anúncios recentes sobre o desenvolvimento e a eficácia das vacinas contra o novo coronavírus (Covid-19) não irão interferir nos projetos de lançamento de novos estímulos monetários para a zona do euro. A declaração foi feita em uma entrevista em fórum da Bloomberg.
Segundo a mandatária do BCE, “Não tenho certeza de que será um grande divisor de águas para nossas previsões”, revelou Lagarde. “Antes de recebermos a notícia sobre uma vacina, tivemos notícias negativas sobre a segunda onda e as medidas de contenção que afetaram um país após o outro”, completou.
A autoridade do Banco Central Europeu reforçou ainda que a instituição planeja “recalibrar” o estímulo em dezembro deste ano.
Além disso, os próximos estímulos, provavelmente, se concentrarão em seu programa de compra de títulos de emergência de 1,35 trilhão de euros e seus empréstimos bancários de longo prazo, disse Lagarde.
Política monetária dará mais apoio ante segunda onda da covid, diz BCE
Integrante do conselho do Banco Central Europeu, Isabel Schnabel, declarou na última quarta-feira (4) que a segunda onda de casos do coronavírus (Covid-19) prejudica a atividade econômica dos países da zona do euro, desta forma, “mais apoio da política monetária é necessário”, informou. A declaração foi feita durante evento virtual, a conferência “Europe and the Covid-19 Crisis – Looking back and looking forward”.
A integrante do conselho do BCE ressaltou ainda que será possível apoiar as condições financeiras e também a atividade econômica, “diante de uma deterioração da perspectiva de crescimento”.
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Segundo Schnabel, nas próximas semanas o conselho do Banco Central Europeu avaliará como poderá apoiar melhor a economia ao longo do próximo ano e para além disso, baseando-se na perspectiva para a inflação no médio prazo.
Além disso, a dirigente do BCE revelou que as condições têm mudado, entretanto, deve haver uma resposta proporcional aos riscos enfrentados, dando “apoio vital à economia” e para que a inflação caminhe rumo à meta do banco, finalizou.
Com informações do Estadão Conteúdo