A utilização do Pix, serviço brasileiro de pagamentos instantâneos, já supera a de outros meios de pagamentos mais antigos, como DOC, TED e boleto bancário. A constatação foi feita nesta quinta-feira, (20), pelo Banco Central (BC) por meio do documento “Pix: O novo meio de pagamento brasileiro”.
Em operação desde 16 de novembro de 2020, o Pix registrava no fim de março, conforme o BC, 206,6 milhões de chaves – identificadores como e-mail, CPF, CNPJ, celular ou número aleatório, utilizados para o recebimento de recursos.
No documento, o BC informou que entre novembro de 2020 e março de 2021 foram feitas 1 bilhão de transações por Pix, em um total de R$ 787,2 bilhões.
“Comparando com outros meios de pagamento, nota-se que o uso do Pix vem crescendo a cada mês e já é maior que o uso de TEDs e de DOCs somados. Em março, a quantidade de Pix superou a quantidade de boletos liquidados”, disse o BC.
BC tem projeto para que PIX faça transferências a outros países
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto reafirmou nesta sexta-feira (14) que há um projeto para que o Pix possa ser usado para realizar transferências para outros países, no futuro.
Ao participar de uma palestra no Latin America Disruptive Tech Founders & CEO Virtual Summit 2021, promovido pelo Bank of America, o dirigente afirmou que “temos um projeto para que, no futuro, o PIX possa fazer transferências para outros países, mas dependemos do avanço nas discussões sobre o lançamento de moedas digitais por outros bancos centrais”.
Campos neto reforçou que a autoridade monetária central está avançando na discussão sobre uma moeda digital, mas destacou a importância de que os bancos centrais atuem de maneira integrada para que essas diferentes moedas possam ser negociadas entre diversos países.
Além disso, vale lembrar que no início dessa semana, o chefe adjunto do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do BC, Carlos Eduardo Brandt, afirmou que o Pix Saque e Troco devem ser lançados em agosto desse ano.
Na última segunda-feira (10) o Banco Central colocou em consulta pública as regras para as duas novas funcionalidades do sistema de pagamentos Pix. Até o dia 9 de junho, a autarquia estará recebendo pela internet sugestões na consulta pública, inclusive em relação aos limites propostos.
Com informações do Estadão Conteúdo