BC: testes não garantem permissão para pagamentos via WhatsApp

O Banco Central (BC) comunicou nesta segunda-feira (3) que a autorização para a Visa fazer testes com a plataforma de pagamentos WhatsApp Pay (WAP) não integra parte do processo formal de análise do pedido para o funcionamento do modelo.

“No caso da Visa, um dos instituidores dos arranjos de pagamento responsáveis pela solução de pagamento do WAP, o BC informou à empresa que não há impedimento para a realização dos testes solicitados”, ressaltou a autoridade monetária, em nota. “Esses testes não podem envolver a realização de qualquer transação real com usuários e não podem movimentar valores reais em qualquer montante”, acrescentou o BC sobre o modelo de pagamentos via WhatsApp.

Nesse sentido, para a autarquia, “os testes não fazem parte do processo formal de análise do pedido das empresas para operar a referida solução de pagamentos, o qual continua sendo analisado conforme os procedimentos e prazos-padrão utilizados com outros pleitos”.

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O BC ainda informou que planeja concluir a análise o “mais rápido possível, de modo a logo recepcionar os novos participantes no sistema de pagamentos, com a devida segurança quanto à saudável competição e à segurança de dados dos usuários”.

Testes não implicam autorização para pagamentos via WhatsApp

Com isso, a autoridade monetária salientou na nota que os testes não implicam permissão para o funcionamento do sistema de pagamentos via WhatsApp, tampouco sinalizariam uma decisão final. O veredito, segundo o BC, deve ser concedido tão logo sejam percorridos os trâmites do processo de autorização.

“Ainda não houve manifestação sobre questionamentos feitos pela Mastercard, o que deverá acontecer nos próximos dias, seguindo a mesma racionalidade de pedidos de mesmo teor”, comunicou a autarquia.

O BC, no entanto, destacou que o início dos testes com a nova plataforma é um importante avanço e deu as boas vindas a todos os arranjos de pagamentos “que quiserem seguir este caminho.”

A autoridade monetária suspendeu a operação do modelo de pagamentos via WhatsApp, argumentando que era necessário se debruçar mais sobre determinados pontos como competição e privacidade dos dados. O Brasil foi o primeiro país escolhido pela plataforma do Facebook para estrear o sistema, em parceria com empresas como Cielo (CIEL3), Banco do Brasil (BBAS3), Nubank, entre outras.

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Arthur Guimarães

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