BC vê 1º semestre um pouco pior que projeções de mercado, diz Campos Neto

Após mais um recorde de criação de vagas de trabalho com carteira assinada em fevereiro, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, reforçou que o mercado formal já tem se recuperado, mas levantou dúvidas sobre a velocidade de recuperação do mercado de trabalho informal.

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“Dá para afirmar que setor formal recuperou forte. Já sobre o setor informal, há divergências de entendimento dentro do Comitê de Política Monetária (Copom). Alguns diretores acreditam que o setor informal vai ganhar tração impulsionado pela recuperação do setor formal, mas eu estou entre aqueles que acham que o setor informal vai demorar um pouco mais a se recuperar”, disse Campos Neto.

O mandatário do BC mais uma vez argumentou que o Banco Central não estaria “super otimista” com a projeção de crescimento de 3,6% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2021.

“O BC inclusive vê o primeiro semestre um pouco pior que projeções de mercado”, repetiu, no evento virtual “Encontro Daycoval – Perspectivas Econômicas e de Investimentos para o Brasil 2021”.

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O presidente do BC lembrou que os dados da produção industrial estão bem acima do nível da pandemia.

Campos Neto elencou também os resultados da inadimplência do mercado de crédito, sem sinal de crescimento, e lembrou que as taxas de juros estão perto das mínimas em quase todos produtos de crédito.

Setor financeiro tem cenário positivo frente a revolução tecnológica, diz BC

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou, em evento do setor de cartões, que a velocidade exponencial da mudanças tecnológicas impacta o setor financeiro. Essa revolução, conforme ele, é perceptível, principalmente, no setor de meios de pagamentos.

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“Ficou mais barato produzir dados primeiramente, depois guardar e, por último, analisar dados”, disse Campos Neto, durante a 14ª edição do Congresso de Meios Eletrônicos de Pagamento (CMEP).

Durante uma retrospectiva sobre o mercado de pagamentos, Campos Neto enfatizou o desempenho deste segmento no Brasil.

“O mercado de meios de pagamentos tem apresentado um impressionante crescimento de dois dígitos”, afirmou, acrescentando que a queda, vista no início na pandemia, foi natural e seguida de um maior uso dos cartões, principal meio de pagamento no País.

O economista lembrou ainda que o BC fez um esforço para avançar com modalidades de crédito que contribuem para gerar inclusão financeira no Brasil. Um dos exemplos citados por Campos Neto foi o Pix, ferramenta de pagamento instantâneo lançada em novembro do ano passado.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Rafaela La Regina

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