O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou, nesta quinta-feira (9), que a autoridade monetária quer estimular a competitividade entre os bancos no País.
Campos Neto afirmou que as medidas que serão tomadas pelo BC procuram igualar as redes bancárias digitais com as redes físicas. Segundo o presidente, os grandes bancos também deverão ter resultados positivos com um ambiente mais competitivo.
“Muitas coisas que estamos fazendo é para igualar as redes digitais com as redes físicas. Todos os entraves que fazem com que a plataforma digital não consiga competir é nessa área que estamos atuando”, afirmou Campos Neto.
O presidente do BC falou também sobre os avanços tecnológicos no setor bancário. De acordo com Campos Neto, o pagamento instantâneo e o open banking estão abrindo o mercado o mercado e se tornarão “um marco na indústria financeira brasileira”. As implementação das duas tecnologias deverá ocorrer até o fim deste ano.
“Nossa ideia é criar competição bancária. Olhar para frente, como será a intermediação financeira no futuro? É inerente o crescimento da tecnologia e precisamos destravar as barreiras da competição”, afirmou Campos Neto.
O presidente da autoridade monetária salientou que estas medidas fazem parte de um ciclo de reinvenção do mercado, que ocorrerá por meio de recursos privados.
O BC pretende incentivar juros mais baixos a longo prazo para permitir financiamento privado para grandes agentes. Dessa forma, o banco pretende estimular a inclusão de pequenas e médias instituições no sistema financeiro.
Campos Neto diz que 60 fintechs poderão ser aprovadas em 2020
Em novembro, o presidente do BC afirmou que disse que cerca de 60 fintechs serão autorizadas a atuar no Brasil em 2020. Segundo ele, 13 fintechs de crédito já possuem autorização para operar. No entanto, 20 empresas ainda estão aguardando a análise de seus pedidos.
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Na ocasião, o presidente declarou também que o open banking deve começar a ser implementado no Brasil ao longo do segundo semestre de 2020. O pagamento instantâneo também entrará em vigor até o final do ano deste ano.
Campos Neto afirmou ainda que o projeto de assistência de liquidez para bancos, por meio do uso de crédito privado, terá como consequência a redução do volume compulsório. A medida começará a ter efeito entre 2020 e 2021.