O Banco do Povo da China, o PBoC, pretende ‘agir rápida e energicamente’ para ajudar a estabilizar a sua economia no ano de 2022, uma vez que o período é relevante politicamente para o dragão asiático. O informe da autoridade monetária sobre o assunto foi feito na manhã desta terça (18).
A China é a segunda maior economia do planeta, e agora conta com os movimentos do PBoC, que planeja orientar as instituições financeiras a expandir a emissão de crédito este ano. Para isso, usará vários instrumentos monetários para manter a liquidez do mercado razoavelmente ampla.
As afirmações foram feitas pelo vice-presidente do banco central chinês, Liu Guoqiang, durante coletiva de imprensa.
Nesta segunda-feira, o BC chinês reduziu de 2,95% para 2,85% a taxa de empréstimos de médio prazo (MLF) de um ano e também reduziu em 0,1 ponto porcentual a taxa de juros de contratos de recompra (Repos) reversa de 7 dias, de 2,2% para 2,1%.
A decisão do Banco Central da China pode reduzir as taxas de empréstimos corporativos por meio das taxas primárias de empréstimos.
A medida demonstra que o PBoC está agindo com antecedência e com força, disse o chefe do departamento de política monetária do banco central, Sun Guofeng, na mesma coletiva.
China pode relaxar postura monetária antes da alta do Fed
Alguns economistas esperam que a China relaxe sua postura monetária antes que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) aumente juros em resposta à alta inflação, já que as divergências nas duas políticas podem desencadear saídas de capital da China.
Sun disse que as mudanças nas políticas nas economias avançadas terão impacto limitado na economia chinesa devido à sua resiliência e maior independência financeira.
O compulsório médio (conhecido como RRR) da China é de 8,4% atualmente, após vários cortes desde 2020, e não está alto para os padrões globais, disse Liu.
“Ajustes adicionais do RRR seriam limitados”, disse, em resposta a uma pergunta sobre se o banco central cortaria a taxa novamente este mês.
Liu também disse que a proporção da dívida total em relação ao Produto Interno Bruto chinês , o PIB, ficou em 272,5% no final de 2021, queda de 7,7 pontos porcentuais em relação ao ano anterior.
O índice de alavancagem mais baixo deveu-se principalmente ao crescimento econômico muito mais rápido no ano passado.
O dirigente da China espera que a dívida fique estável em 2022, apesar do relaxamento monetário, uma vez que a economia chinesa provavelmente manterá um crescimento relativamente rápido.
Com informações do Estadão Conteúdo
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