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Chefe do BC britânico vê China como “um dos maiores riscos” para a economia global

DAVOS/SWITZERLAND, 26JAN13 - Mark J. Carney, Governor of the Bank of Canada is seen during the Session 'The Global Economic Outlook' at the Annual Meeting 2013 of the World Economic Forum in Davos, Switzerland, January 26, 2013. Copyright by World Economic Forum swiss-image.ch/Photo Moritz Hager

Mark Carney, presidente do Bank of England, banco central do Reino Unido, afirmou que o sistema financeiro da China está entre os maiores riscos para a estabilidade financeira global. A declaração ocorreu em entrevista à BBC no aniversário de 10 anos da crise financeira global de 2008.

Entre os riscos citados por Carney também estão os riscos domésticos ocasionados pelo Brexit, o aumento no endividamento das famílias e ataques cibernéticos ao sistema bancário, fatores que já foram destacados pelo Banco da Inglaterra em relatórios regulares sobre a estabilidade financeira do país.

Em seu último relatório, em junho, o BoE criticou as preocupações expressadas pela União Europeia de que os bancos que operam no Reino Unido estariam mal preparados para o risco de o país deixar a União Europeia em março do ano que vem sem qualquer tipo de acordo de transição.

“Um dos maiores riscos para a economia global é o que acontece na China”, afirmou Carney em um trecho da entrevista publicado nesta quarta-feira no site da BBC.

“A China é uma grande fonte de crescimento na economia global, um milagre econômico – muitos aspectos positivos. Ao mesmo tempo, seu setor financeiro se desenvolveu muito rapidamente e tem muitas das mesmas premissas que foram feitas até a última crise financeira”, disse ainda.

Se banqueiros e reguladores se tornarem complacentes, não se pode descartar uma nova crise financeira como a que atingiu os EUA há dez anos, advertiu Carney.

“Poderia algo assim acontecer de novo?”, questionou. “Poderia haver um gatilho para uma crise – se formos complacentes, é claro que sim.”

Ele ressaltou, porém, que os bancos britânicos passaram a ser obrigados a manter um capital significativamente maior do que mantinham dez anos atrás para proteger a si mesmos e ao público contra as recessões.

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