A BBM Logística (BBML3) cancelou, pela segunda vez no ano, a sua oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) de distribuição primária e secundária de ações ordinárias, alegando “instabilidade das condições de mercado e do aumento da volatilidade dos mercados financeiro e de capitais brasileiro percebidos nos últimos meses”.
A BBM, anteriormente, já havia adiado a precificação da sua oferta restrita primária e secundária de ações, em janeiro.
A decisão, segundo a empresa, foi tomada em conjunto com o coordenador líder da oferta, o Bank of America, e com os demais coordenadores XP Investimentos, Citigroup, Banco Safra e UBS BB
Nos últimos dias, seguindo o calendário da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a BBM havia estimado o preço de subscrição ou aquisição por papel entre R$ 25,00 e R$ 30,00, deixando o preço médio em R$27,50.
Vale frisar que a oferta seria uma oferta restrita, em que seriam ofertadas 32.000.000 novas ações emitidas pela própria empresa de logística, além de até 1.200.000 papéis em uma oferta secundária, de titularidade do fundo de private equity Stratus e do acionista vendedor pessoa física.
A base normativa para essa oferta é a instrução 476 da CVM, que prevê limitar os investidores em 75 investidores onde, efetivamente, somente 50 deles podem investir de fato.
Com o IPO, agora adiado, a companhia visava:
- investimentos para suportar o crescimento orgânico e para realizar potenciais aquisições
- investimentos em tecnologia
- reforço no capital de giro
Enquanto isso, o montante de capital que seria captado em decorrência da oferta secundária seria revertido integralmente aos acionistas vendedores.
Raio-x da BBM
A companhia, em suma, é uma operadora logística que opera sob o conceito End-to-End, ou seja, desde a matéria-prima até o consumidor final.
Nos seus negócios, fornece soluções para e-commerce, transporte fracionado e carga geral, internacional, além de operações dedicadas para os segmentos florestal, químico, gases industriais, dentre outros.
A BBM conta atualmente com mais de 5 mil funcionários, 3 mil veículos em operação e soma cerca de 11 milhões de entregas por ano. Com esses números sob o guarda-chuva, a companhia afirma ser a única totalmente omnichannel do mercado brasileiro, provendo soluções logísticas para qualquer canal de venda.
Com informações do Estadão Conteúdo