No fim de novembro, a Paranapanema (PMAM3) entrou com pedido de recuperação judicial. O maior investidor da bolsa de valores brasileira, Luiz Barsi, que também integra a base acionária da companhia, afirmou que a recomendação judicial era uma recomendação antiga.
O megainvestidor afirma que a Paranapanema teve que decidir por esse caminho “porque, provavelmente, era o que faltava para o barco não afundar”. O pronunciamento foi realizado em live para o canal do YouTube “Ações Garantem Futuro (AGF)”, na última quinta-feira (1º).
Apesar disso, Luiz Barsi considera que “a recuperação judicial não é um bicho de sete cabeças, como muita gente pensa, com prenúncio de falência”.
Barsi revela “olhar com olhos positivos” a questão da Paranapanema ter recorrido à recuperação judicial “porque é uma forma dela preservar sua integridade operacional, ao mesmo tempo em que se constitui em uma oportunidade dela voltar a gerar resultados positivos”.
“Nós vamos fazer todo o empenho, no sentido de revigorar essa situação, e fazer com que a empresa retorne a uma situação natural, normal, em termos de operacionalização”, complementa.
Segundo a sócia-fundadora da AGF, Louise Barsi, filha de Luiz Barsi, eles recomendaram a recuperação judicial desde 2020. Segundo ela, como a indicação “não foi ouvida”, eles aumentaram, em 2022, suas posições para 5% “para ser relevante suficiente” para a entrada na gestão.
O pedido de recuperação judicial da Paranapanema
Na última quarta-feira (30), a Paranapanema comunicou que ajuizou — juntamente com as controladas Centro de Distribuição de Produtos de Cobre (CDPC) e Paraibuna Agropecuária — pedido de recuperação judicial, em caráter de urgência.
Já na última sexta-feira (2), a Paranapanema anunciou que a Justiça da 1ª Região Administrativa Judiciária do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo aceitou o pedido de tutela de urgência.
Por meio do plano de recuperação judicial, a ser apresentado à Assembleia Geral de Credores, a Paranapanema informa que “pretende restabelecer seu equilíbrio econômico financeiro e honrar os compromissos assumidos com seus diversos stakeholders e, em um futuro próximo, retomar seu crescimento, dentro das reais possibilidades operacionais e financeiras da Companhia”.