O banco multinacional britânico Barclays (B1CS34) finalizou os trâmites para compra do braço bancário de varejo da Tesco (TCCO34) por 600 milhões de libras (R$ 3,764 bilhões).
Segundo comunicado divulgado nesta sexta-feira (9), a compra do Barclays indica uma redução das funções bancárias do Tesco, passando a priorizar sua principal frente: o varejo. Segundo o líder executivo da rede de mercados, Ken Murphy, a negociação deve fortalecer as finanças do Tesco e permitir que ele cresça em seu negócio principal do varejo.
Com a notícia, as ações da Tesco subiram mais de 2% no pré-mercado.
Compra do banco Tesco pelo Barclays
A transação milionária inclui um acordo de exclusividade de longo prazo, que permite ao B1CS34 utilizar a marca da varejista para oferecimento de cartões de crédito, empréstimos e outros produtos durante dez anos.
No comunicado, as empresas afirmam que o acordo permitirá que a Tesco (TCCO34) se concentre no “negócio principal de varejo” e fortaleça seu balanço patrimonial ao “reduzir significativamente” passivos financeiros. Em paralelo, é uma oportunidade para o Barclays expandir sua carteira de clientes em empréstimos e depósitos não garantidos no Reino Unido.
A Tesco manterá suas atividades de seguros, caixas eletrônicos, dinheiro para viagem e cartões-presente, que, segundo a empresa, são negócios lucrativos e com pouco capital. A venda remove 7,7 bilhões de libras (R$ 48,33 bilhões) em ativos de capital intensivo e 6,7 bilhões de libras (R$ 42,06 bilhões) em passivos financeiros de seus livros.
Ao assumir as operações do Tesco Bank e sua infraestrutura operacional, o Barclays obterá cerca de 8,3 bilhões de libras (US$ 10,47 bilhões) em saldos de empréstimos não garantidos e cerca de 6,7 bilhões de libras (US$ 8,45 bilhões) em depósitos de clientes.
O banco britânico pretende integrar a empresa e seus 2.800 funcionários em sua infraestrutura, financiando a aquisição com seus recursos existentes. A transação está prevista para ser concluída no segundo semestre de 2024, sujeita a aprovações.
O acordo “acrescentará escala incremental, renda e, portanto, lucratividade ao já forte negócio de cartões de crédito do Barclays, que viu os saldos diminuírem no Reino Unido após a pandemia”, escreveram analistas da Shore Capital em nota a clientes.
Com informações de Estadão Conteúdo e Dow Jones Newswires