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Banrisul (BRSR6) deverá ser o banco mais impactado pelas inundações no RS, diz BofA

Banrisul: lucro líquido de R$ 227 milhões, alta de 38% no ano. Foto: Mauricio Lima/Divulgação

Banrisul: alta no lucro do 2T22. Foto: Mauricio Lima/Divulgação

O alagamento causado pelas fortes chuvas no estado do Rio Grande do Sul (RS) afetou 70% das 500 cidades no estado. Em análise sobre a calamidade, especialistas do Bank of America ressaltam que os bancos com concentração de empréstimos no estado, como o Banrisul (BRSR6), poderão ser afetados pelo desastre que já desalojou cerca de 130 mil pessoas, segundo boletim da Defesa Civil.

“Além da catástrofe humana das chuvas no RS, estamos preocupados com os efeitos desses eventos na atividade econômica e nas consequências relacionadas à capacidade de pagamento de empréstimos”, apontam os especialistas do Bank of America.

Das 500 cidades do estado do RS, 70% foram afetadas. Com casas submersas e as atividades paralisadas em muitas delas, o abalo econômico do estado logo deverá ser visto.

Banrisul (BRSR6), BB (BBAS3) e até Nubank (ROXO34) estão expostos ao desastre

Na região Sul do Brasil (RS, SC e PR), o Banrisul (BRSR6) tem 95% de suas agências concentradas no estado afetado. Além disso, 85% de seus empréstimos estão na região.

Outros bancos com exposição significativa a empréstimos na região são:

Em relatório focado nos efeitos do desastre do Rio Grande do Sul para o setor bancário, o BofA salienta que os bancos provavelmente terão que renegociar empréstimos, oferecer prazos de carência para pagamentos, prorrogar a duração dos empréstimos e reduzir as taxas de juros, impactando a Margem Financeira Líquida (NII), Índice de Inadimplência (NPL) e custo do risco.

Além disso, para seguradoras, estima-se que cerca de 3% do total de prêmios estejam expostos aos eventos, refletindo diversificação de produtos e geográfica.

Como Banrisul e Banco do Brasil podem se proteger?

Apesar disso, o BofA espera que o Banrisul especificamente consiga mitigar os impactos negativos, graças a outros aspectos da economia na região, como o fim da colheita da safra de arroz e soja também próximo ao fim, limitando o impacto nos empréstimos rurais (21% da carteira de empréstimos), a garantia dos empréstimos de pessoas físicas e a taxa de cobertura de 246% para do banco.

Entre os demais listados, o Banco do Brasil tem a maior exposição à região Sul, com 18% da carteira de empréstimos. Uma proteção para o BB nos empréstimos rurais é a alta penetração de seguros.

Para as seguradores, as mais expostas ao desastre no Rio Grande do Sul são a BB Seguridade (BBSE3), com 9% dos empréstimos na região Sul, seguida por CXSE3 (7%), BBDC4 e PSSA3 (5%).

Recomendação do BofA para BBAS3, BBDC4 e mais

Mesmo diante deste cenário o BofA reforça que a recomendação de compra para as ações BBAS3 segue inalterada, ao preço-alvo de R$ 69.

Para as ações do Bradesco (BBDC4), o banco americano também mantém a posição neutra.

“Mantemos nossas classificações para bancos como o Banrisul e seguradoras inalteradas”, afirma o relatório desta semana.

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