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Pierin Vincenz: banqueiro foi condenado por incluir clubes de strip nas despesas corporativas

Banqueiro condenado Pierin Vincenz. Foto: Reuters

Pierin Vincenz. Foto: Reuters

O banqueiro Pierin Vincenz foi condenado a quase quatro anos de prisão por acusações de fraude envolvendo clubes de strip-tease.

O tribunal de Zurique condenou o ex-diretor do banco suíço Raiffeisen Bank, com a acusação de usar o cartão de crédito da empresa para pagar visitas a clubes de strip-tease e também a encontros por aplicativos de relacionamento, assim como viagens de férias e jantares. Apesar da condenação, a equipe de Vincenz afirmou que vai recorrer a decisão.

Devido ao grande interesse público no caso, o julgamento foi transferido de um tribunal de Zurique para uma sala de concertos.

De acordo com os promotores, Vincenz e o ex-chefe de uma empresa de cartões de crédito, Beat Stocker, pagaram dezenas de despesas pessoais com o dinheiro do banco.

Como resultado, Stocker ficou quatro anos na prisão, enquanto Pierin Vincenz, anteriormente premiado como banqueiro do ano na Suíça, foi condenado a 3 anos e nove meses de prisão.

De acordo com a mídia suíça, o juiz apontou que diversas e frequentes visitas de Vincenz a clubes de strip não eram “de interesse do banco”.

As visitas aos clubes de stripes somavam cerca de 200 mil francos suíços, valor aproximado de R$ 1 milhão. Em todas as ocasiões, foram colocados nas despesas da empresa como se fizessem parte dos negócios, relata a agência de notícias Reuters.

Ainda, foi relatado que um encontro por aplicativo que Pierin Vincenz teve com uma mulher levou a uma refeição de 700 francos (por volta de R$ 1 mil) foi classificada nas contas do banco como uma “entrevista de emprego”.

Segundo a correspondente do jornal BBC na Suíça, Imogen Foulkes, o caso prejudicou seriamente a reputação do Raiffeisen, considerado um banco pequeno e cooperativo com 200 agências que atendem a comunidades locais.

Por conta do banqueiro condenado, muitos suíços passaram a associar o banco com uma imagem de descuido do dinheiro, traindo a imagem original de um banco que deveria prezar pelo cuidado com o dinheiro de seus clientes.

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