O ex-banqueiro do Credit Suisse, Boris Jordan, 53 anos, se tornou bilionário graças ao boom da maconha nos Estados Unidos. O ex-executivo tem uma participação de 31% na Curaleaf Holdings, a maior empresa dos EUA que comercializa cannabis. Segundo o Índice de Bilionários da Bloomberg, esse pacote acionário tem um valor superiora US$ 1 bilhão.
Jordan ficou famoso por atuar na privatização de estatais na
Rússia após a queda do comunismo, em 1989. Entretanto, o ex-executivo decidiu dar uma virada em seus negócios, passando para o comércio de maconha.
Seu percurso no setor da venda da droga começou em 2013. Sua firma de private equity, Sputnik, sediada em Moscou, investiu cerca de US$ 100 milhões na PalliaTech, fabricante de dispositivos médicos.
O objetivo de Jordan era transformar a empresa em uma rede nacional, mudando seu nome para Curaleaf.
A Curaleaf opera 47 dispensários e 13 instalações de cultivo em 12 Estados norte-americanos. A empresa anunciou que começaria a vender produtos contendo canabidiol, ou CBD. Esse composto de cannabis não é intoxicante,
e seria comercializado nas farmácias da rede CVS.
O negócio prosperou tanto, que, nesta quarta-feira (17), a Curaleaf anunciou a compra da Grassroots Cannnabis. Uma empresa de Chicago que foi adquirida por uma valor total de US$ 875 milhões.
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Segundo a Bloomberg, o modelo de negócios “verticalmente integrado da Curaleaf e agressiva estratégia de aquisições são adequados para prosperar
no crescente mercado de cannabis legalizada dos Estados Unidos”.
Onda verde da maconha nos EUA
Os Estados Unidos estão vivenciando uma “onda verde”, nome jornalistico para a legalização da cannabis. A venda e o uso da maconha foram liberalizados em mais de 30 Estados para fins médicos. Entretanto, apenas uma dúzia permite o uso recreativo por adultos.
O mercado da maconha legalizada nos EUA poderia mais que dobrar sua receita até 2022, chegando até US$ 23,4 bilhões. A previsão foi realizada pela Arcview Group, uma empresa de investimentos e pesquisa voltada para o
setor da cannabis.