Bank of America (BOAC34) dobra resultado e lucra US$ 8 bilhões no 1T21
O Bank of America (BOAC34) registrou um lucro líquido de US$ 8,1 bilhões no primeiro trimestre de 2021, mais do que dobrando o ganho de US$ 4 bilhões obtido em igual período do ano passado. O balanço, divulgado na manhã desta quinta-feira (15), é mais um a reforçar a tese de forte recuperação econômica dos Estados Unidos.
O lucro por ação (LPA) entre janeiro e março foi de US$ 0,86, superando a previsão de analistas consultados pela FactSet, de US$ 0,66. Acompanhando o JP Morgan, o Bank of America liberou US$ 2,7 bilhões das provisões realizadas no ano passado e apresentou seu programa de recompra de ações no montande de US$ 25 bilhões.
A receita total do BofA ficou estável na comparação com o mesmo período do ano passado, em US$ 22,8 bilhões, mas também superou o consenso da FactSet, de US$ 21,9 bilhões.
A receita de banco de varejo, por sua vez, recuou 12%, para US$ 8,1 bilhões no trimestre encerrado no mês passado. A margem financeira (NII), uma importante métrica de quanto o banco pode ganhar com empréstimos, tombou 16%, para US$ 10,2 bilhões.
“Enquanto as baixas taxas de juros continuaram a desafiar a receita, os custos do crédito melhoraram e acreditamos que o progresso na crise da saúde e na economia apontam para uma recuperação acelerada”, afirmou Brian Moynihan, CEO do banco, em nota.
Assim como as demais instituições financeiras, o BofA surfou o trimestre agitado em Wall Street. O faturamento de negociação (trading) mais alto e tarifas recebidas na unidade de banco de investimento ajudaram a aumentar os lucros.
As despesas, contudo, subiram 15% entre janeiro e março, na comparação anualizada, atingindo US$ 15,52 bilhões. A instituição registrou algumas despesas não recorrentes, como US$ 300 milhões de alterações de compensação de incentivos e US$ 160 milhões em indenizações.
No pregão desta quinta, os papéis do BofA caem cerca de 3%, para US$ 38,66. No ano, as ações do Bank of America sobem quase 40%, enquano o S&P 500 tem alta de 11%. Os bancos, deixados para trás em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), apresentam forte retomada em 2021.
Com informações do Estadão Conteúdo.