O Bank of America (BOAC34) apresentou nesta quarta-feira (14), seu balanço do segundo trimestre deste ano. A instituição registrou um lucro líquido de US$ 9,2 bilhões no período, o que representa um salto de 163% em relação ao ganho de US$ 3,5 bilhões reportado no segundo trimestre do ano passado.
O resultado equivale a um lucro por ação ajustado de US$ 1,03, acima tanto do consenso de analistas consultados pela FactSet, de US$ 0,77, quanto do valor apurado no mesmo intervalo do ano passado (US$ 0,37).
O documento mostrou ainda que o banco norte-americano teve queda na receita nessa base comparativa, de US$ 22,3 bilhões para US$ 21,5 bilhões.
Nesse caso, o desempenho frustrou a projeção da FactSet, de US$ 21,8 bilhões. Com isso, por volta das 8h06 (de Brasília), a ação do BofA recuava 2,11% no pré-mercado da Bolsa de Nova York.
Empréstimos do Bank of America acendem alerta
Embora pacotes de auxílio governamental durante a pandemia tenham ajudado grandes credores como o BofA a evitar inadimplências em massa, eles também significaram que muitos consumidores e companhias não precisaram contrair novos empréstimos ou buscar linhas de crédito.
Esse processo, junto com a taxa de juros zerada com o intuito de estimular a economia, pesou sobre a lucratividade dos principais negócios de crédito dos bancos.
A média de empréstimos e leasing em todas as áreas recua 11% em comparação ao ano passado, mas aumentou 1,8 bilhão de dólares em relação ao trimestre anterior, sinalizando uma recuperação incipiente.
Por mais que os saldos de empréstimos do BofA tenham ficado menores em comparação ao mesmo período do ano passado, eles cresceram em relação ao primeiro trimestre — o primeiro aumento sequencial em um ano.
“Os gastos do consumidor ultrapassaram significativamente os níveis pré-pandêmicos, o crescimento dos depósitos é forte e os níveis de empréstimos começaram a crescer”, afirmou o presidente-executivo do Bank of America, Brian Moynihan, em nota.
Com informações do Estadão Conteúdo.