As equipes de análise econômica dos bancos acreditam que a taxa básica de juros, a Selic, vai permanecer no nível atual, de 10,5%, até a primeira reunião de política monetária de 2025, marcada para os dias 28 e 29 de janeiro.
É o que mostra pesquisa de Economia Bancária e Expectativas da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), realizada a cada 45 dias, sempre após a divulgação da ata da última reunião de política monetária do Copom – referente à reunião em que o comitê optou pela manutenção da Selic.
A maioria dos participantes (85%) entendeu que a decisão do Copom de parar de cortar os juros foi adequada, mostra a pesquisa, realizada com 20 bancos.
Além da Selic, bancos entendem projeção de IPCA como ‘bem calibradas’
Com relação à inflação, a maior parte dos entrevistados (75%) entende que as atuais projeções para o IPCA deste ano, em torno de 4%, estão “bem calibradas”.
No câmbio, a perspectiva é de piora do real, com o dólar devendo permanecer acima de R$ 5,20 até o final de 2024. Em maio, na pesquisa anterior, as projeções máximas eram de dólar a R$ 5,00.
Para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB), a pesquisa mostra uma diferença em relação à visão do Banco Central, que reavaliou que o hiato do produto está atualmente neutro.
Para 63,2% dos entrevistados na Febraban, o hiato do produto já está positivo, o que significa que o país estaria crescendo acima de sua capacidade.
Nos Estados Unidos, a expectativa de 60% dos entrevistados está em linha com a indicação do Federal Reserve, de apenas um corte de 0,25 ponto porcentual até o fim do ano.
Com Estadão Conteúdo