Poucos dias antes da divulgação de seu primeiro resultado trimestral depois de abrir o capital em dezembro, as ações do Nubank (NUBR33) tiveram forte alta ao longo desta semana em meio a um volume explosivo de negociações com tanto com ações quanto com opções no mercado americano.
O banco deve divulgar seu balanço na próxima terça.
Apenas nesta sexta, as ações do banco brasileiro subiram até 16% na bolsa de Nova York, de volta para a casa de US$ 11,70. Na semana, a alta acumulada chega a 37%, recuperando o patamar superior aos US$ 9 do IPO, perdido em meados de janeiro.
A forte recuperação dos papéis do Nubank sugeriria que o papel teria sido alvo de um movimento de short squeeze, quando investidores que apostaram na desvalorização da ação são obrigados comprá-la para desmontar suas posições. No entanto, o movimento pode estar ligado também ao vencimento de opções das ações do banco, que costuma trazer forte oscilação nos preços.
Segundo dados compilados pela Bloomberg, o volume médio de negócios com ações do Nubank quadruplicou nas últimas duas semanas. Nesta sexta, o volume de ações classe A negociado já tinha atingido 6,3 milhões de papéis perto das 12h (horário de Brasília), ante uma média de 1,59 milhões de 20 dias. O modelo da Bloomberg estima serão negociados 25,3 milhões de papéis até o fechamento dos negócios desta sexta.
Por volta das 12h10 em Nova York (14h em Brasília), a ação do Nubank era negociada a US$ 11,36, com ganho de 12,6%.
Nos últimos dias, analistas de diferentes bancos e gestoras de investimento têm feito recomendações para vender os papéis do Nubank. O Bradesco BBI recomendou vender as ações, dizendo que os papéis poderão cair para US$ 5 no período de 12 meses, em razão de múltiplos elevados e desafios para manter a qualidade de crédito dos clientes e de lançar novos produtos.
Na semana passada, os analistas do Itaú BBA soltaram um relatório prevendo o papel em US$ 8, também nesse horizonte de um ano, citando a qualidade de crédito e as perspectivas econômicas para o país.
Por outro lado, analistas de bancos estrangeiros continuam otimistas com o papel. O Morgan Stanley vê potencial para a ação subir mais 37% e atingir US$ 16 também em um ano. A gestora Susquehanna, especializada em fundos quantitativos, estabeleceu como target US$ 14.
O JP Morgan vê o papel do Nubank em US$ 10, mesmo valor dos analistas do BTG Pactual e do HSBC.