O governo está preparando novas medidas para facilitar o pagamento de contas de serviços públicos e tributos para os cidadãos. De acordo com informações do jornal “Valor Econômico”, os bancos digitais serão autorizados a prestarem esse tipo de serviço.
Ainda estão sendo discutidas formas de ampliação do acesso ao serviço de fintechs, pequenos bancos e empresas de cartões para serviços de recebimento. As esferas que estão debatendo as mudanças são: Banco Central (BC), a Receita Federal e a Secretaria do Tesouro.
Atualmente, os serviços de cobrança estão centralizados em grandes bancos. No acumulado de nove meses, de janeiro a setembro do ano passado, a atividade gerou uma receita de R$ 8,9 bilhões para as seguintes instituições:
- Itaú Unibanco
- Banco do Brasil
- Bradesco
- Caixa
- Santander
No modelo em vigência, o cliente que paga de forma eletrônica uma conta comum como a de energia, ou de telefone, necessita que a empresa que oferece o serviço a ser pago tenha convênio com seu banco e o pague pelo uso do meio.
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Caso contrário, é necessário sacar o dinheiro e ir até uma instituição credenciada para realizar o pagamento. Dessa forma, o mercado acaba sendo dominado pelas grandes instituições.
A ideia, então, é melhorar esse processo para fazer com que o pagamento seja realizado em qualquer instituição, sem a necessidade de ser conveniada.
A pauta está sendo discutido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a Associação Brasileira de Bancos (ABBC), supervisionados pelo Banco Central (BC). Os grandes bancos afirmam que estão abertos a rediscutir o modelo.
Essa medida deverá beneficiar os bancos digitais como o Nubank, o Banco Original e outros. Vale destacar também que, com essa nova função, essas fintechs também teriam uma nova fonte de receita.