Apetite ao risco dos bancos aumentou, mas ambiente continua demandado atenção, diz BC

O Comitê de Estabilidade Financeira (Comef) do Banco Central apontou nesta quarta-feira, 5, que o apetite ao risco dos bancos aumentou, mas alertou que o ambiente continua demandando atenção. O colegiado publicou a ata do seu 57º encontro, que manteve o Adicional Contracíclico de Capital Principal relativo ao Brasil (ACCPBrasil) em 0%.

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“O mercado de crédito, que vinha desacelerando, passou a apresentar certa inflexão no período mais recente, em linha com os fundamentos da economia e com o ciclo de afrouxamento monetário”, avaliou o Banco Central.

De acordo com o BC, o ritmo de crescimento do crédito às famílias se estabilizou após um longo período de desaceleração, já havendo sinais de aquecimento em algumas linhas, como veículos e crédito não-consignado. Por outro lado, o Comef destacou uma piora nos critérios de concessão enquanto o endividamento e o comprometimento de renda permanecem historicamente elevados.

“Nesse cenário, o Comef avalia que é importante os intermediários financeiros preservarem a qualidade das concessões”, recomendou o documento.

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Já em relação às empresas, o BC apontou um aumento no ritmo de crescimento do crédito, sem alteração relevante nos critérios de concessão. O documento ressalta que essa leve reaceleração não é vista no crédito para microempresas, que mostra estabilidade. Já o mercado doméstico de dívida corporativa continua ganhando representatividade como fonte relevante de financiamento para as grandes empresas.

Mais uma vez, a colegiado trouxe um parágrafo dedicado aos cartões de crédito, reiterando que acompanha regularmente a evolução dessa indústria e seus diversos recortes, enfatizando que todos os participantes devem dispor de mecanismos de governança e de gestão de riscos.

Rio Grande do Sul

O Comef também reservou espaço na ata para dizer que o Banco Central acompanha os impactos econômicos das enchentes no Rio Grande do Sul e seguirá atuando para preservar as condições necessárias à adequada prestação de serviços pelo Sistema Financeiro Nacional às famílias e às empresas atingidas pela tragédia.

“As medidas adotadas até o momento favorecem a renegociação das dívidas existentes e ampliam a liquidez das instituições financeiras em que os devedores domiciliados nos municípios em estado de calamidade representam mais de 10% da carteira de crédito total. Com isso, permite-se que tomadores de crédito tenham melhores condições para enfrentar a situação emergencial, ao tempo em que se preserva a capacidade dos bancos de ofertar crédito aos agentes afetados pelas enchentes”, elencou o BC.

Com Estadão Conteúdo

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Redação Suno Notícias

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