Bancos ampliam provisões para casos de inadimplência
Devido à crise econômica gerada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19), os quatro maiores bancos do Brasil aumentaram suas provisões para casos de calote clientes. Por consequência, no entanto, isso fez com que os lucros do primeiro trimestre das instituições fossem reduzidos.
O Itaú Unibanco (ITUB4), maior banco privado da América Latina, o lucro líquido registrado no primeiro trimestre deste ano foi de R$ 3,40 bilhões, uma queda de 49,3% em comparação com o mesmo período do ano passado, a maior retração do lucro dentre os maiores bancos.
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A instituição anunciou um aumento na Provisão de Devedores Duvidodos (PDD) “em função das perspectivas macroeconômicas a partir da segunda quinzena de março deste ano”. No total, a quantia separa para os créditos de liquidação duvidosa atingiram R$ 10,39 bilhões, uma alta de 147,2% bilhões frente os primeiros três meses do ano passado.
No caso do Bradesco (BBDC4), o banco infomou que realizou “provisão complementar para cenário econômico adverso de R$ 5,1 bilhões”. Desse montante, as despesas da instituição com provisões somaram R$ 6,7 bilhões, um crescimento de 86,1% em relação ao primeiro trimestre de 2019. O lucro líquido do banco foi de R$ 3,38 bilhões, uma retração de 41,9% em comparação com o ano passado.
O Bradesco entende que “o cenário econômico adverso poderá resultar no aumento do nível de inadimplência, como reflexo da falência de empresas, aumento no índice de desemprego, bem como a degradação do valor das garantias”.
Já o Banco do Brasil (BBAS3) apresentou um lucro líquido de R$ 3,2 bilhões, um recuo de 20% em comparação ao mesmo período do ano passado.
“No primeiro trimestre, considerando o contexto adverso associado aos potenciais impactos negativos na economia decorrentes da pandemia da Covid-19, em uma ação preventiva, o BB realizou, prudencialmente, reforço das provisões em R$ 2 bilhões”, informou a instituição estatal. No total, as provisões do banco foram a R$ 5,539 bilhões, alta de 63,3% em relação a igual período de 2019.
O Santander (SANB3), por sua vez, foi o único dos grandes bancos que não anunciou um reforço das provisões. Durantes os primeiros três meses, o banco viu seu lucro líquido aumentar 10,5% em comparação com o mesmo intervalo de 2019, indo para R$ 3,77 bilhões. As despesas de provisão do período atingiram R$ 3,93 bilhões, crescimento de 18,7% na comparação anualizada.