Bancos americanos criam cargo de ‘fiscal do WhatsApp’ após multas bilionárias
Uma investigação sobre mensagens de texto não autorizadas em Wall Street está obrigando bancos como o Credit Suisse (C1SU34), Bank of America (BOAC34), e Morgan Stanley (MSBR34) a criar um novo cargo de compliance: o fiscal do WhatsApp.
Segundo a Bloomberg, agências reguladoras dos Estados Unidos puniram 11 bancos que não impediam que seus funcionários usassem plataformas não autorizadas, como o WhatsApp, para escrever mensagens de teor institucional e/ou relacionadas às atividades da empresa.
Entre os infratores, estão chefes de mesas de operações, equipes de negociação e executivos com responsabilidades nacionais e globais.
A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, no inglês) informou que haviam falhas na supervisão no passado, mencionando pelo menos alguns gestores em cargos sênior em cada empresa envolvidos na troca de mensagens excessivas com colegas e clientes.
Além de multas que ultrapassam os US$ 2 bilhões até agora, as empresas devem, cada uma, contratar um consultor na área de compliance para analisar como as instituições monitoram comunicações relacionadas ao trabalho, inclusive nos celulares dos funcionários ou outros dispositivos pessoais.
As autoridades não mencionaram nomes nos acordos. Além disso, uma pessoa próxima a um bancos disse que os investigadores não especificaram para algumas empresas quais funcionários estavam envolvidos.
Uma porta-voz do Citigroup (CTGP34) disse que o credor está feliz por ter o caso resolvido.
O Deutsche Bank afirmou que “implantou de forma proativa plataformas de bate-papo e mensagens de texto totalmente úteis e adequadas [à norma] e continuará a expandir essas tecnologias para atender às expectativas de nossos reguladores e nossos clientes”.
Mais de dez bancos estão na lista
Veja a seguir alguns dos bancos que foram mencionados nos documentos SEC por supostamente infringirem as regras:
- Bank of America
- Barclays
- Cantor Fitzgerald
- Citigroup
- Credit Suisse Group
- Deutsche Bank
- Jefferies Financial Group
- Morgan Stanley
- Nomura Holdings
- Grupo UBS
- Goldman Sachs
Na grande maioria dos casos, diretores de alto escalão dos bancos trocaram de dezenas a milhares de mensagens com colegas de trabalhos e clientes.
