O Banco Votorantim escolheu a JPMorgan para ajudar a instituição a se preparar para sua oferta pública inicial de ações (IPO, Initial Public Offering, em inglês). A informação é do jornal O Estado de S. Paulo.
Os sócios do Banco Votorantim, o Banco do Brasil e a família Ermírio de Moraes, tentaram negociar também com o Credit Suisse para integrar o grupo de assessores da operação do IPO. É estimado que a abertura de capital seja realizada ainda em 2019.
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Os planos da abertura contam com a possibilidade de encontrar um investidor que ficaria com uma parcela da oferta, além de atuar para ancorar a operação. Segundo o jornal, o cenário agrada ao mercado e investidores interessados já estariam conversando com o Banco do Brasil, detentor de 49,99% dos papéis da Votorantim.
Os controladores do banco querem primeiramente fazer o IPO, para então vender a participação. Esse modelo agrada também ao governo federal e o Banco do Brasil poderia vender sua fatia na Bolsa.
O Banco Votorantim e as fintechs
A instituição pretende estreitar laços com fintechs, startups focadas em tecnologia financeira e cogita, inclusive, se tornar sócia da Neon. O objetivo é ganhar espaço num mercado com alto potencial de crescimento, visando ampliar suas receitas, segundo a Reuters.
“Vamos ter um portal bancário digital até o meio do ano e para isso devemos aprofundar nossa parceria com o Neon“, disse o presidente-executivo do Banco Votorantim, Elcio dos Santos, à agência. “Estamos ainda discutindo se isso pode envolver participação societária”.
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Santos assumiu a presidência do banco em 2016 e, desde então, levou a empresa para vários nichos de mercado considerados promissores. Manteve parcerias frequentes com fintechs, que se expandiram no mercado explorando deficiências do setor bancário do Brasil e brechas para oferecerem melhores serviços. Entre os negócios em que o banco se engajou estão, por exemplo, o de geração de energia solar em residências e o de serviços de saúde. Fez até uma parceria com a Kroton em 2018 para expandir o financiamento estudantil.
A empresa fechou uma parceria com a Neon em maio passado. O movimento se deu após o Banco Neon, com o qual a fintech trabalhava, sofrer liquidação judicial pelo Banco Central. Agora, a Neon vai fornecer recursos para o Banco Votorantim emitir empréstimos. O aplicativo de educação financeira GuiaBolso e Bompracrédito, voltado a crédito pessoal, foram outros a se aliar ao banco.
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