O Banco Pan (BPAN4) teve um lucro líquido de R$ 190,27 milhões no primeiro trimestre deste ano, um avanço de 11,5% sobre o registrado no mesmo período do ano passado. O balanço da instituição foi divulgado na manhã desta segunda-feira (10).
O lucro antes do imposto de renda foi de R$ 281 milhões no período entre janeiro e março, um aumento de 34% em comparação à marca de R$ 210 milhões do primeiro trimestre de 2020. Segundo o Banco Pan, o resultado melhor foi atingido em função da margem financeira robusta, custo de crédito sob controle e receita da prestação de serviços.
Nesse sentido, a margem financeira líquida gerencial (NIM) foi de 18,6%, ante os 18,3% do primeiro trimestre do ano passado. “Este patamar se manteve alto, e está relacionado aos spreads robustos das operações de crédito, a expansão das novas linhas de crédito com margens maiores e aos ganhos na cessão de carteira”, informou a administração.
As receitas de intermediação financeira somaram R$ R$ 1,92 bilhão no primeiro trimestre deste ano, enquanto em 2020 o número foi R$ 2,40 bilhões. Contudo, nos primeiros três meses deste ano, as despesas com operações de captação de mercado foram significativamente menores, fazendo com que o resultado bruto da intermediação financeira tenha ficado em R$ 1,37 bilhão, contra R$ 1,06 bilhão no ano passado.
As despesas com Provisões para Devedores Duvidosos (PDD) totalizaram R$ 314 milhões nos primeiros três meses de 2021, enquanto no mesmo período de 2020 haviam sido de R$ 322 milhões, uma leve queda de 2,4%.
Conta digital do Banco Pan avança junto com a rentabilidade
“Importante ressaltar que seguimos realizando investimentos na expansão de nossa plataforma e na aquisição de clientes, sem diferimento ou ativação”, afirmou o banco.
A administração destacou a marca de 10 milhões de clientes atingida no primeiro trimestre, após um ano do lançamento da conta digital. Desses, seis milhões são clientes transacionais, seja da conta corrente, cartão de crédito, ou ambos. Foram 41 mil novos clientes por dia útil.
Mesmo crescendo a base de clientes com base em sua conta digital, a rentabilidade também foi elevada. O Retorno sobre Patrimônio Líquido Médio (ROAE) no trimestre foi de 14,2%, em comparação aos 13,7% de um ano antes. O retorno ajustado não auditado, de forma anualizada, ficou em 20,3%.
O Patrimônio Líquido também cresceu, de R$ 5,02 bilhões para R$ 5,43 bilhões. O índice de Basileia, por sua vez, ficou estável ano contra ano, saindo de 15,7% para 15,9%.
Entrada no mercado de adquirência
Em seu balanço, o Banco Pan também anunciou a entrada no mercado de adquirência. Segundo a empresa, o objetivo é oferecer um produto acessível para profissionais autônomos e pequenos empreendedores, através de uma solução completa de meios de pagamento.
“Já iniciamos os primeiros pilotos da nova ‘Turbo PAN‘ a maquininha do Banco PAN, e estamos na fase de teste com um grupo reduzido de clientes. Esperamos alcançar uma escala maior nos próximos meses, realizando o lançamento oficial da nossa solução de pagamentos”, disse a instituição.
“O Pan segue ousando e empreendendo, com avanços significativos em toda a jornada do usuário e em seu nível de engajamento. Sabemos que umaarte relevante de nossos clientes possuem atividades comerciais, e nossa estratégia é utilizar a ‘maquininha’ como ferramenta para fortalecer o vínculo com eles”, disse o CEO do banco, Carlos Eduardo Guimarães. “Seguimos focados na ampliação e no engajamento da nossa base de clientes”.
As ações do Banco Pan encerraram o último pregão negociadas a R$ 18,27. Nos últimos 12 meses, os papéis do banco subiram quase 280%, impulsionados pelo desinvestimento da Caixapar e esforços no campo digital da instituição.