O Banco Mundial reduziu a previsão de crescimento do PIB global em 2019 para 2,6%. A última expectativa divulgada para o crescimento era de 2,9%. Assim, o dado foi divulgado no relatório “Perspectivas Econômicas Globais” nesta terça-feira (4).
A redução da projeção do PIB global se dá principalmente pela desaceleração do comércio e da economia mundiais. Além disso, a indústria também apresentou resultado aquém do esperado para um bom crescimento.
De acordo com o Banco Mundial, um dos principais motivos para a redução são os reflexos da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China. Isso porque o conflito entre as duas potências e as incertezas políticas já afetam os investimentos em todo o mundo.
Principalmente o comércio bilateral entre países tem sido afetado pelo embate. Isso porque com a alta de tarifas sobre importações, ocorre a alta dos preços, o que atinge a atividade econômica dos países envolvidos. O relatório destaca que as tarifas entre China e EUA terão “efeitos severos”.
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Além disso, a instituição também aponta para a desaceleração de economias avançadas como a da zona do euro, por exemplo. Nesse sentido, outro destaque vai para as baixas taxas de juros, influenciada pelas baixas inflações e pela desaceleração da atividade econômica.
Principais economias desaceleram
Dessa forma, a perspectiva do crescimento dos Estados Unidos está em 2,5% no ano. Em contrapartida, a previsão para os resultados da China é de uma desaceleração de 6,6% em 2019.
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Além disso, o Banco Mundial também alterou a expectativa sobre o avanço da economia chinesa em 2020. De acordo com a instituição, a taxa de crescimento da China foi revisada para 6,1% no próximo ano.
Já na zona do euro, o principal motivo da desaceleração é a queda nas exportações. Em destaque, a queda no crescimento é referente ao setor industrial. Isso porque foram reduzidas as vendas à China e à Ásia.
Por sua vez, os países emergentes devem ter um crescimento de 4% neste ano. Assim, o resultado aponta uma revisão para baixo em 0,3 pontos percentuais em relação à estimativa anterior. O maior problema deste grupo seria a falta de investimento pelos seguintes motivos:
- aumento das barreiras comerciais;
- estresse financeiro;
- desaceleração das economias avançadas.
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Com isso, o Banco Mundial revisou a projeção de crescimento das economias emergentes da seguinte forma:
- Brasil: de 2,1% para 1,7%;
- México: 2% para 1,7%;
- Argentina: retração de 3% para retração de 2,5%;
“Um gradual fortalecimento no Brasil e uma recuperação na Argentina deverão contribuir para uma recuperação do crescimento regional para 2,5% em 2020 e 2,7% em 2021”, diz o relatório.
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