Banco Mundial oferecerá US$ 150 bilhões para países em desenvolvimento
O Banco Mundial anunciou nesta segunda-feira (23) que criará um fundo de US$ 150 bilhões (R$ 768 bilhões) para prestar suporte à países com menos recursos para combater a crise do novo coronavírus (covid-19).
A verba do Banco Mundial prevê auxílio em até 15 meses para a redes de segurança social de países em desenvolvimento. O fundo também servirá para dar apoio às implementações de reformas, a fim de restaurar a confiança das economia mais afetadas pela pandemia do coronavírus.
A medida foi divulgada pelo presidente da instituição financeira internacional, David Malpass. O diretor participou de uma reunião, por teleconferência, com os ministros das finanças e os presidentes dos bancos centrais do países do G20.
Crise de 2020 pode ser pior que a de 2008
O Fundo Monetário Internacional (FMI) informou que a crise atua pode ser pior ou igual a crise financeira enfrentada em 2008.
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A diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, informou que como boa parte dos países está paralisando suas atividades, a economia global deve sofrer graves danos.
Georgieva ainda salientou: “para chegar lá, é fundamental priorizar a contenção e fortalecer os sistemas de saúde – em todos os lugares. O Impacto econômico é e será severo, mas quanto mais rápido o vírus parar, mais rápida e forte será a recuperação”.
O presidente do Banco Mundial declarou que a instituição está utilizando todos os meios disponíveis para dar uma reposta rápida para a crise. Para Malpass, é necessário os países se movimentarem para aumentar o investimento no setor de saúde. Da mesma forma, é preciso fortalecer as redes de proteção social e dar suporte ao setor privado para impedir um colapso do mercado financeiro.
“Os países precisarão implementar reformas estruturais para ajudar a diminuir o tempo de recuperação e criar confiança de que essa recuperação será forte”, ressaltou Malpass.
O diretor do Banco Mundial ainda fez um apelo aos países do G20 para autorizem os Estados em desenvolvimento a suspenderem os acordos de crédito bilateral com a entidade. Segundo Malpass, a ação deve reduzir o tempo de recuperação das economia afetadas pela crise do coronavírus.