Banco Mundial cobra G-20 incentivo à participação em programa de alívio de dívida

O presidente do Banco Mundial, David Malpass, defendeu nesta segunda-feira (29) que os países do G-20 tomem mais ações para encorajar credores bilaterais privados a aderirem ao programa de postergação de pagamento de dívidas a nações pobres.

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“O alívio de dívida tem sido menor que o esperado”, afirmou o presidente do Banco Mundial, em evento virtual da London School of Economics (LSE).

Segundo Malpass, entre maio e dezembro do ano passado, 43 governos conseguiram adiar o vencimento de cerca de US$ 6 bilhões.

No entanto, o economista americano explicou que o impacto da medida tem ficado aquém das expectativas porque detentores de títulos soberanos privados seguem cobrando os passivos, mesmo em meio à crise provocada pelo coronavírus.

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Malpass acrescentou que a pandemia exacerbou pressões fiscais em países em desenvolvimento, que já registravam problemas antes da emergência da covid-19.

Na visão dele, as economias desenvolvidas precisam encontrar maneiras de incentivar de forma mais enérgica a participação na iniciativa de alívio.

O líder do Banco Mundial também ressaltou que uma das prioridades da instituição, no momento, é elevar a ajuda financeira a projetos ligados ao clima.

De acordo com ele, a meta é ter 35% de todo o financiamento em investimentos a iniciativas nessa área.

PIB do G-20 cresce 2,1% no quarto trimestre de 2020

O produto interno bruto (PIB) do G-20, como é conhecido o grupo das 20 maiores economias do mundo, cresceu 2,1% no quarto trimestre de 2020 ante os três meses anteriores, segundo relatório publicado nesta segunda-feira (15) pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

A OCDE ressalta, porém, que o desempenho do G-20 foi bem inferior ao do terceiro trimestre, quando o PIB do grupo teve expansão de 7,8% em relação ao segundo trimestre.

Entre os integrantes do G-20, a Índia manteve a maior taxa de crescimento (7,9%) no quarto trimestre, após o salto de 23,7% do trimestre anterior.

Na maioria dos outros países do G-20, o PIB avançou no quarto trimestre, ainda que em ritmo mais fraco do que no terceiro trimestre, aponta a OCDE: México (3,3%), Brasil (3,2%), Austrália (3,1%), Indonésia (2,9%), Japão (2,8%), Arábia Saudita (também 2,8%), China (2,6%), Canadá (2,3%), Turquia (1,7%), África do Sul (1,5%), Coreia do Sul (1,2%), Reino Unido (1%) e Estados Unidos (também 1%).

Por outro lado, o PIB da Itália sofreu contração de 1,9% no quarto trimestre e o da França encolheu 1,4%. No trimestre anterior, os dois países haviam crescido 15,9% e 18,5%, respectivamente.

Em 2020 como um todo, o PIB do G-20 teve retração de 3,3%. Os únicos países a se expandir no ano passado foram China (2,3%) e Turquia (1,8%). Já o Reino Unido sofreu o maior tombo anual, de 9,9%.

Com informações do Estadão Conteúdo

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Rafaela La Regina

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