O Banco Inter (INBR31) anunciou nesta sexta-feira (15) que iniciou acordos para potencial redução do capital social da companhia no montante de até R$ 1,15 bilhão.
A redução havia sido estabelecida na proposta de reorganização societária, para garantir o pagamento do financiamento obtido pela Inter Holding (HoldFin), para pagamento de acionistas que optaram pelo “cash-out” no período de transferência da base acionária para a Inter&Co, atualmente listada na Nasdaq.
O fato relevante divulgado pelo Banco Inter aponta que a redução do capital social está sujeita a uma série de condições:
- Cumprimento do prazo de 60 dias contados a partir desta sexta-feira;
- Aprovação pelo Banco Central; e
- A aprovação final do valor total real da redução do capital social (se houver) em nova assembleia de acionistas do Banco Inter.
Além disso, o conselho fiscal do Inter emitiu parecer favorável sobre a redução do capital social. Segundo a companhia, o resultado da redução poderá garantir o pagamento do financiamento.
A nota aponta ainda que a Inter&Co continua analisando fontes alternativas de recursos para o pagamento do financiamento. Adicionalmente, a companhia segue operando com Índice de Basileia acima do mínimo exigido e da média do sistema, mesmo após a efetivação da redução.
Banco Inter (INBR31): ações continuam atrativas, mas há um risco, diz UBS
Após a migração do Banco Inter (INBR31), o UBS-BB anunciou a cobertura das ações para a Inter & Co, holding da empresa, listadas na Nasdaq.
As ações do Banco Inter começaram a ser negociadas em Nova York em 23 de junho.
A recomendação dos analistas do UBS é de compra. Na nova análise após a migração, o preço alvo subiu de US$ 2,95 para US$ 6 e potencial de alta de 95% nos próximos 12 meses.
“Nosso preço alvo de US$ 6 por ação representa um valor de mercado de R$ 14 bilhões para Inter & Co. Costumávamos estimar um valor de mercado no preço alvo de R$ 36 bilhões para o Banco Inter”, afirmam os analistas. No preço alvo atualizado, o UBS aponta que está presumindo um custo de capital próprio maior (16,5%), alinhado às estimativas de ganhos menores. “Agora, usamos um ROAE (Retorno Sobre Patrimônio Médio) de longo prazo de 18%”.
Apesar do aumento do preço alvo, os analistas do UBS estão projetando uma estimativa de ganhos mais fraca em relação aos resultados do primeiro trimestre de 2022 (1T22). O cenário macroeconômico, mais desafiador, deve afetar os números da operação da fintech.
“Nós mantemos nossas projeções de base de clientes de 24 milhões no final de 2022 e 30 milhões no final de 2023 (vs. 19 milhões no 1T22), mas reduzimos nossa expectativa de crescimento da carteira de crédito para 47% em 2022 e 40% em 2023 (de 60% e 47%, respectivamente)”, diz o relatório.
Houve ainda um aumento na expectativa de custos de riscos e o banco de investimentos decidiu cortar as previsões de crescimento de receita para os próximos anos. A projeção de lucro líquido ajustado do UBS para o Banco Inter é, agora, de R$ 275 milhões em 2022 (anteriormente chegava a R$ 339 milhões) e R$ 733 milhões em 2023 (anteriormente o número batia R$ 872 milhões).
Cotação
O BDR do Banco Inter fechou em alta de 3,41%, a R$ 13,34, nesta sexta-feira (15).
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