Ibovespa: Banco Inter (BIDI11) projeta índice para 142 mil pontos com destaque para Saúde e Bancos
O Banco Inter (BIDI11) revisou a sua previsão para o Ibovespa, prevendo uma nova máxima histórica ainda em 2021, com 142 mil pontos até o fim do ano. O dado faz parte de um relatório do banco distribuído nesta segunda-feira (31).
Dentre setores do Ibovespa, o Banco Inter prevê uma alta de ações do setor financeiro e de saúde dentro de uma perspectiva de curto prazo, ao passo que as demais ações possuem um futuro não tão previsível.
É destacada, logo no início, a alta de 5% logo nos cinco primeiros meses, com motivação do otimismo exterior, em grande parte. Vacinação, reformas, melhoras de indicadores macroeconômicos e resultados acima das expectativas no primeiro trimestre motivaram uma previsão mais otimista.
“Ao observarmos os lucros estimados para 2021 das ações que compõem o Ibovespa, o múltiplo preço sobre lucro fica em 18,5x, abaixo dos 20x que estamos observando hoje. Isto significa que, com base na razão P/L, existe um retorno potencial de 8% para 2021, também otimista. A diferença se dá pela metodologia utilizada para o cálculo de fluxo de caixa descontado e precificação dos preços-justos das ações”, frisa o banco, ao fazer o prognóstico de 142 mil pontos.
As commodities e utilities, responsáveis pela alta atual do Ibovespa – dada a influência nos papéis de Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3), as mais relevantes numericamente – devem depender da exposição de cada empresa dentro dos sub-setores, como geradoras e transmissoras. “Ao excluirmos o setor da conta, efetuando a devida ponderação, a evolução do Ibovespa teria sido de 2,4%, bem abaixo das bolsas lá fora”, destaca o Inter.
Bancos e financeiras
Segundo o relatório, o setor de bancos está abaixo da média do Ibovespa, apesar da recuperação desde maio e da alta na Selic. Como citado, há indicativo de bom retorno no curto prazo. O Banco Inter, assim, recomenda compra de:
- Itaú Unibanco (ITUB4) – Preço-alvo de R$ 33,5
- Bradesco (BBDC4) – Preço-alvo de R$ 32
- Santander (SANB11) – Preço-alvo de R$ 47
Saúde é outro destaque do Ibovespa
Assim como o setor citado acima, o Inter ressalta o grande potencial do setor, com demanda reprimida em decorrência da suspensão de cirurgias eletivas que, agora, foram liberadas, dadas as melhores condições em relação à pandemia de covid-19. Além disso, o Banco também projeta uma maior preocupação com a saúde por parte do brasileiro após a pandemia.
As recomendações de compra recaem sobre:
- Hapvida (HAPV3) – Preço-alvo de R$ 18
- Hypera (HYPE3) – Preço-alvo de R$ 44
- Intermédica (GNDI3) – Preço-alvo de R$ 96
- Panvel (PNVL3) – Preço-alvo de R$ 41
- Rede D’Or (RDOR3) – Preço-alvo de R$ 82
Seguradoras
Impactado pela pandemia, o setor deve ter uma recuperação lenta, com menor contratação em menores níveis. “Se por um lado as empresas sentiram o impacto de menor contratação de novos planos, limitando ganhos de receitas, por outro houve também aumento de
sinistralidade em seguros saúde e vida, comprimindo margens e impactando lucro”, ressalta o banco.
As recomendações de compra no Ibovespa ficam com:
- BB Seguridade (BBSE3) – Preço-alvo de R$ 32,50
- Porto Seguro (PSSA3) – Preço-alvo de R$ 63,50
- SulAmérica (SULA11) – Preço-alvo de R$ 43
Commodities
Com retorno de praticamente 19%, o setor é o grande responsável pela alta no Ibovespa, que chega a máxima histórica nesta terça-feira (1º). É ressaltado, contudo, que as expectativas de aumento de preços devem arrefecer.
As recomendações de compra são de:
- CSN (CSNA3) – Preço-alvo de R$ 59
- Gerdau (GGBR4) – Preço-alvo de R$ 36
- CSN Mineração (CMIN3) – Preço-alvo de R$ 15
- Klabin (KLBN11) – Preço-alvo de R$ 35
Construção Civil
Os papéis do setor tiveram uma correção média de cerca de 20% no ano no Ibovespa. “Mesmo com o crédito imobiliário em ritmo elevado e a taxas competitivas, a manutenção do alto prêmio de risco na curva de juros ainda gera expectativas de maiores custos de financiamento no médio prazo, o que geraria uma diminuição na base de clientes elegíveis à contratação de imóveis”, destaca o relatório.
As recomendações de compra ficam com:
- Cyrela (CYRE3) – Preço-alvo de R$ 33
- EzTec (EZTC3) – Preço-alvo de R$ 44
- Tenda (TEND3) – Preço-alvo de R$ 35
- Direcional (DIRR3) – Preço-alvo de R$ 18
Shoppings
Sendo um dos mais impactados pela pandemia, com restrições de lotação e mobilidade, o setor apresentou números relativamente bons em 2021, com ganhos de 13%, revertendo a baixa neste ano de 2021.
As recomendações de compra recam sobre:
- Multiplan (MULT3) – Preço-alvo de R$ 28
- Aliansce Sonae (ALSO3) – Preço-alvo de R$ 38
Setor de Utilities tem oportunidades no Ibovespa
Estiagem e queda no consumo de energia provou danos ao setor em 2020, e ainda mantém um cenário desafiador à frente. Para as distribuidoras, contudo, há recuperação prevista para um curto prazo, dado o retorno da mobilidade, ocasionado por melhoras nos dados relativos à pandemia.
No setor, o banco recomenda compra para:
- Alupar (ALUP11) – Preço-alvo de R$ 30
- Energias do Brasil (ENBR3) – Preço-alvo de R$ 22
- Ômega (OMGE3) – Preço-alvo de R$ 47
- Sanepar (SAPR11) – Preço-alvo de R$ 28
- Sabesp (SBSP3) – Preço-alvo de R$ 61
Varejo e Consumo
Impactado pela pandemia e impulsionado com os investimentos no e-commerce, o setor acabou tendo uma segmentação, com as varejistas mais dependentes de mobilidade e fluxo de pessoas sofrendo mais.
Contudo, em 2021 o cenário segue incerto e, dependendo da vacinação, o setor pode voltar a ter novas perspectivas. Apesar disso, há recomendação de compra para:
- Magazine Luiza (MGLU3) – Preço-alvo de R$ 26
- Lojas Americanas (LAME4) – Preço-alvo de R$ 39
- B2W (BTOW3) – Preço-alvo de R$ 102
- C&A (CEAB3) – Preço-alvo de R$ 17
- Renner (LREN3) – Preço-alvo de R$ 57
- Via (VVAR3) – Preço-alvo de R$ 19
- Vivara (VIVA3) – Preço-alvo de R$ 36
Ibovespa opera acima da máxima histórica
Em grande parte, a previsão otimista do Banco Inter se dá pela crescente do índice. Atualmente, às 13h20 do pregão desta terça-feira (1º), o Ibovespa fica em 128.148 pontos, maior pontuação da história, batendo os 126.215 mil pontos registrados no fechamento de segunda (31).