Banco Inter (BIDI4) estreará na Nasdaq no fim de dezembro
O Banco Inter (BIDI4) apresentou ao mercado, na manhã desta quarta-feira (3), mais detalhes sobre sua migração para o mercado norte-americano.
Segundo o site Brazil Journal, a estreia das ações na Nasdaq acontecerá entre os dias 27 e 28 de dezembro. Os acionistas votarão a reorganização societária do Banco Inter e a mudança de nome para Inter Platform no dia 25 de novembro, em uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE).
Segundo o comunicado do Inter, os acionistas vigentes terão a opção de migrar sua posição acionária para ações Classe A listadas nos Estados Unidos. Ou então, poderão receber Brazilian Depositary Receipts (BDRs) da instituição, que serão listados na B3.
Ainda há a possibilidade do direito de recesso, ao preço de R$ 45,84 por unit (BIDI11). Por volta das 10h15 desta quarta, os papéis subiam 6,88%, para R$ 45,22.
O Inter disse que abriu uma linha de crédito de R$ 2 bilhões com bancos para garantir a eventual retirada dos atuais investidores.
Conforme apresentado pelo Inter, a família Menin continuará no controle do banco, com a manutenção de ações Classe B, que possuem 10 vezes mais poder de voto que as ações Classe A.
Essa estrutura societária é a mesma utilizada por outras empresas brasileiras de tecnologia que escolheram listar-se nos Estados Unidos, como XP e Stone.
Longo prazo do Banco Inter passa pelo acesso ao mercado internacional
Quando listou-se na Bolsa de Valores brasileira, o Inter passou de um banco digital para um amplo ecossistema financeiro.
A instituição diz que agora possui cinco avenidas de negócio. São elas:
- Day-do-Day Banking;
- Investimentos;
- Seguros;
- Shopping;
- Crédito.
Na visão do banco, todas as vertentes de complementam e fortalecem umas às outras. A reorganização societária ocorre na tentativa de reunir todas essas avenidas sobre uma única plataforma, “através da qual poderá ter alcance global, conectando todas as empresas do seu grupo econômico”.
“A consolidação dessa plataforma de negócios é parte da estratégia de expansão e plano estratégico de longo prazo do Inter, que visam a expansão da atuação do Inter para o mercado internacional, permitindo a ampliação contínua da sua base de clientes, consolidando e fortalecendo o seu posicionamento no mercado digital de serviços financeiros e não financeiros”, diz o documento.
Entre os benefícios da reorganização, a família Menin enxerga o fortalecimento do Banco Inter como companhia de tecnologia no setor financeiro, abertura de novos mercados e maior acesso ao mercado de capitais internacional.