Banco Inter (BIDI11) quer ‘revolução’ e prepara marketplace de investimentos
O Banco Inter (BIDI11) está preparando um “marketplace de investimentos definitivo” em sua nova estratégia para os investidores pessoa física. Em uma “revolução das sardinhas”, a instituição quer democratizar o acesso a informações e produtos para o varejo.
Em um evento com jornalistas realizado nesta terça-feira (6), a qual o SUNO Notícias esteve presente, o Banco Inter revelou que irá lançar nos próximos dias o Invest Shop, um marketplace onde o pequeno investidor pode contratar e gerenciar diferentes plataformas de homebroker, calculadoras de Imposto de Renda, além de relatórios da área de research e robôs de investimento.
“A ideia é trazer conhecimento e educação financeira, tanto com nosso marketplace como em nossa área de research”, disse Rafaela Vitória, economista-chefe do banco e head da área de research. O Inter Shop também contará com cursos, além do blog com artigos voltados a macroeconômica e investimentos dos mais variados temas.
Atualmente, dos 10 milhões de correntistas do Inter, cerca de 1,4 milhão são investidores de sua plataforma, perfazendo um montante de R$ 44 bilhões que está sob custódia da instituição. Desses, cerca de 350 mil fazem operações em Bolsa.
A empresa diz que está em meio a um desafio entre trazer novos consumidores e ampliar sua base de investidores. Dentro dos clientes atuais, o intuito é trazer educação financeira e apostar em uma experiência excelente, mas no processo de buscar novos consumidores o plano é competir com produtos amplos e baratos, e agregar valor à plataforma, segundo Lucas Fonseca, gerente de produtos de investimento.
“Nossa ideia é trazer produtos adequados para cada investidor; não queremos clientes considerados conservadores investindo em produtos de alto risco. Ao mesmo tempo, não podemos prometer rentabilidades altas sem risco. A educação financeira é importante neste processo”, disse Vitória.
“Investindo como os grandes”: Banco Inter quer ampliar FOFs
Uma das novidades trazidas pelo Banco Inter no ano passado foi o Inter Selection, a família de fundos de fundos (FOFs) da instituição. Em menos de um ano, o banco diz ter conseguido 60 mil cotistas no agregado dos quatro fundos, que são voltados aos universos de:
- Ações;
- Multimercado;
- Infraestrutura;
- Investimentos globais.
“Cada uma dessas estratégias investe nos melhores fundos de cada um dos temas”, diz Fonseca. O fundo voltado para renda variável no Brasil terminou 2020 com 32 mil cotistas, um dos maiores do Brasil.
O Inter que ampliar o alcance desses fundos, com o objetivo de democratizar o mercado financeiro, e não ficar “restrito a grandes fortunas”. “Estamos falando de apenas R$ 100 para que o pequeno investidor tenha acesso a informação, conhecimento, serviço e gestão. A partir de R$ 100 para qualquer um investir como os grandes”, disse o diretor de produtos.
Vale ressaltar que cada um dos fundos repassa os rebates para os cotistas de forma integral. “Procuramos expandir o acesso dos pequenos investidores a fundos que estão fechados e com ticket maior, como aplicações mínimas de R$ 50 mil ou até R$ 300 mil para cima.”
A instituição diz que, com a tecnologia, cada vez é menos importante o tamanho do aporte do investidores. “Antes, o capital investido era registrado manualmente, então o mercado foi segregado entre pequenos e grandes investidores. Agora nós queremos um wealth management para todos, descentralizando os canais de distribuição”, afirma Felipe Bottino, diretor da Inter Invest.
“Enquanto empresa de tecnologia, o Banco Inter tem o objetivo de equiparar todos os investidores neste sentido”, diz Bottino. “Essa é mais uma revolução no setor bancário, o que chamaos de Investimento 3.0. Os bancos revolucionaram o segmento no século passado, agora vamos mudar o mercado de investimentos.”