O Inter (BIDI11), antigo Banco Inter, atualizou sua área de câmbio com novas funcionalidades. Essa área permite que os clientes recebam e enviem o dinheiro para exterior mesmo sem ter uma conta em dólar.
O gerente executivo de câmbio do Banco Inter, Hebert Ribeiro, explica que esta área funciona como uma ferramenta de conversão entre as moedas.
“Para uma operação de saída (envio de recurso), por exemplo, não há a necessidade de que o remetente possua uma conta em dólar, apenas o destinatário”, explica.
Já no caso de uma operação de recebimento (ingresso de recursos no país), o remetente da moeda estrangeira realiza o envio para uma conta do Banco Inter, que realizará a conversão (compra da moeda estrangeira) e a mesma disponibilizará o recurso em moeda nacional.
Entre as novidades da área de câmbio do banco Inter estão:
- Acesso ao canal bancário;
- Simulador;
- Histórico de todas as transações feitas pelo App;
- Visibilidade constante das ordens de recebimento de moedas estrangeiras;
Na análise do gerente, as fronteiras geográficas nunca foram tão irrelevantes para o trabalho e os países nunca foram tão integrados.
Paralelamente, as autoridades brasileiras trabalham numa lei para promover uma modernização profunda do ambiente regulatório.
“As empresas se tornam mais globais e o Inter não é diferente, sendo importante a fluidez de recursos e a atuação forte e eficiente da área de câmbio é a única forma de atingir este objetivo.”
O recurso é disponível tanto para pessoa jurídica quanto pessoa física que visam realizar operações de câmbio, mas é necessário que antes o cliente possua uma conta corrente do banco Inter.
“As pessoas físicas conseguem realizar as operações através do nosso APP. Já as pessoas jurídicas atualmente realizam suas operações de câmbio através da nossa mesa de operações. Em breve será disponibilizada às pessoas jurídicas a opção de realizar suas operações através do Internet Banking”.
As operações de envio têm um custo de R$ 50,0. Já para operações de entrada não há a cobrança de tarifa. A incidência de impostos sobre as operações, inclusive o IOF, dependerão do motivo da operação, conforme previsto na legislação cambial, explica Ribeiro.
Inter projeta R$ 5,10 para o dólar em 2021
Com as fronteiras geográficas cada vez mais integradas, os investidores, turistas, empreendedores e compradores online acompanham de perto a volatilidade do dólar.
Para isso, a instituição tem uma projeção do câmbio a R$ 5,10 no final do ano, uma expectativa positiva quando comparada com o último relatório Focus que estima R$ 5,20 para 2021.
“A apreciação esperada se baseia nos fundamentos, com o bom resultado das contas externas, com déficit em conta corrente praticamente zerado e a alta de juros, que se acelerou na última reunião do Copom e agosto e deve seguir nesse ritmo, chegando a mais de 8% até o final do ano”, diz.
“Isso deve deve favorecer o câmbio, considerando os juros ainda baixos tanto em países desenvolvidos e também outros emergentes”, disse a economista-chefe do Inter, Rafaela Vitória.
A economista alerta que o principal risco permanece sendo o fiscal, considerando que ainda tem a votação da PEC dos precatórios e o Orçamento de 2022, que podem deteriorar o cenário de risco e manter o dólar em patamar depreciado.