Banco espera alta acentuada nos lucros da Petrobras (PETR4) no 2T22; veja motivos

O Bank of America divulgou na última quarta-feira (20), em relatório, suas perspectivas para o segundo trimestre de 2022 sobre as ações das empresas atreladas ao petróleo, como Petrobras (PETR4) PetroRio (PRIO3), e também distribuidoras, como a Vibra (VBBR3), além de petroquímicas, a exemplo da Braskem (BRKM5).

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Na visão dos analistas, apesar das crescentes preocupações com riscos em função do cenário macroeconômico, ainda favorecem empresas de petróleo.

“Os estoques de petróleo e gás da América Latina têm estado sob pressão recentemente, com algumas exceções notáveis ​​(Alpek e Petrobras ganharam +5% no mês passado)”, diz o texto.

O BofA afirma que a fraqueza geral do setor reflete o aumento do risco global, preocupações com recessão e inflação, além de riscos políticos, a recente queda do petróleo e a diminuição das margens petroquímicas globais.

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“Apesar das preocupações de curto prazo, continuamos positivos em relação aos nomes focados em petróleo, principalmente Tenaris, com sede em Luxemburgo, e PetroRio, ambos com fortes fundamentos tanto no curto quanto no longo prazo. Destacamos também a Vibra, que oferece forte potencial de crescimento com uma avaliação atrativa, apesar dos rumores recentes sobre uma possível mudança de gestão”, afirmam os analistas.

De acordo com o BofA, o segundo trimestre de 2022 (2T22) deve refletir o domínio de três tendências principais:

  • Preços mais altos do petróleo devem gerar comparações muito fortes para os produtores de petróleo e gás;
  • A Tenaris deve se beneficiar de uma combinação positiva de atividade crescente e preços nitidamente mais altos para tubos;
  • Os resultados petroquímicos devem começar a mostrar os efeitos de margens mais suaves, que devem ser mais perceptíveis na Braskem.

Os produtores de petróleo e gás devem reportar resultados mais fortes sequencialmente, por consequência do aumento dos preços da commodity (barril de Brent em média US$ 112,85/bbl no 2T22, +64% contra o 2T21 e +15% sobre o 1T22). “Espera-se que Petrobras, PetroRio, Ecopetrol, YPF e Enauta apresentem um aumento acentuado nos lucros”, aponta o relatório.

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Já sobre as distribuidoras de combustíveis, como a Vibra, a tendência é de margens positivas, auxiliados pela demanda ainda em recuperação e um ambiente de margem mais favorável.

“Esperamos que a Vibra reporte resultados especialmente fortes, com margens atingindo e estimados R$ 163/m3”, afirma o banco de investimentos americano.

Porém, uma incerteza nas estimativas está relacionada ao saldo de ganhos de estoque positivos, vindos de preços mais altos contra ajustes de estoque negativos relacionados à redução do ICMS sobre combustíveis, que entrou em vigor no final do trimestre.

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Em relação às petroquímicas da América Latina, há uma expectativa mista, dependendo do mix de produtos.

Para Braskem e Orbia, o BofA espera que os resultados sejam relativamente estáveis ​​em sobre o primeiro trimestre, “embora esperamos uma deterioração notável da margem em relação ao trimestre extraordinariamente forte do ano passado para ambas as empresas”.

Cotação da Petrobras

A ação preferencial da Petrobras opera em queda de 1,13%, a R$ 28,84, às 16h10 desta quinta (21).

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Victória Anhesini

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